São Paulo, terça-feira, 25 de setembro de 2001

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BASQUETE

São Paulo volta a ter o Estadual feminino mais competitivo após fim do Paraná e enfraquecimento do Vasco


Paulista começa fortalecido depois de crise nos rivais

ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL

Fortalecido com a crise nos times no Paraná e no Rio, o Paulista feminino, que começa hoje com quatro jogos, retoma o título de mais forte Estadual do país.
Pelo menos três jogadoras da seleção brasileira bronze nos Jogos de Sydney irão atuar em São Paulo no segundo semestre -Helen, Silvinha e Lílian.
Do time campeão da Copa América, há duas semanas, mais três jogadoras, além de Helen e Silvinha, irão disputar o Paulista: Vivian, Iziane e Geisa.
Pouco? Nem tanto. O Rio contará com apenas uma medalhista e campeã no Maranhão, a pivô Kelly, e mais duas jogadoras que participaram da campanha da Copa América, Erika e Micaela -o time carioca perdeu estrelas como Claudinha e Janeth, que deve se transferir para o exterior. Já o Paraná, vice-campeão do último Nacional, desfez sua equipe.
Nessa nova ordem do basquete paulista, dois times surgem fortalecidos e candidatos ao título deste ano: Unimed/Americana e Corinthians/Santo André.
O time de Americana, eliminado nas quartas-de-final do último Paulista, foi quem mais investiu.
Trouxe a armadora Helen e a ala-armadora Silvinha (ambas ex-Paraná), além da ala Roseli (ex-Guaru), da pivô Ega (ex-Unimed/Ourinhos) e da ala-pivô Geisa, que estava na Espanha.
"O time está competitivo, mas ainda preciso de uma pivô para ter opção no banco", disse o técnico Paulo Bassul, do Americana.
A equipe chegou a pensar em trazer uma estrangeira para a posição, mas a contratação de Helen, maior estrela da equipe, inviabilizou novos investimentos.
A armadora, que disputou a última temporada da WNBA pelo Washington Mystics, assinou um contrato até o final do ano e será bancada pela renda da bilheteria dos jogos em Americana.
O Santo André, agora em parceira com o Corinthians local, manteve a base do time que foi semifinalista do último Nacional -conta com a ala-armadora Lílian e as armadoras Vivian e Gigi, todas com passagem pela seleção.
"Com a saída das estrelas [que foram para o exterior", o Paulista ficou equilibrado. Nosso time pode chegar ao título", confia a técnica Lais Elena Aranha.
Sem grandes patrocinadores, Unimed/Ourinhos e Guaru, finalistas de 2000, só repetirão o feito se houver nova zebra neste ano.
Ourinhos perdeu algumas de suas principais jogadoras, como a pivô norte-americana Jack Nero, fundamental na conquista do título do ano passado.
"Das dez jogadoras que tínhamos, ficamos com quatro. Acho que Americana e Santo André irão disputar o título. Nossa expectativa é chegar às semifinais", afirmou o técnico Edson Ferreto.
O Guaru não conta mais com a croata Korie Hlede. Sem dinheiro, o time perdeu também Roseli e Aide. "Vivemos um momento complicado por causa da troca da administração municipal. O time foi muito modificado, mas esperamos surpreender novamente", disse o técnico Alexandre Cato.


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