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BASQUETE
São Paulo volta a ter o Estadual feminino mais competitivo após fim do Paraná e enfraquecimento do Vasco
Paulista começa fortalecido depois de crise nos rivais
ADALBERTO LEISTER FILHO
DA REPORTAGEM LOCAL
Fortalecido com a crise nos times no Paraná e no Rio, o Paulista
feminino, que começa hoje com
quatro jogos, retoma o título de
mais forte Estadual do país.
Pelo menos três jogadoras da
seleção brasileira bronze nos Jogos de Sydney irão atuar em São
Paulo no segundo semestre
-Helen, Silvinha e Lílian.
Do time campeão da Copa
América, há duas semanas, mais
três jogadoras, além de Helen e
Silvinha, irão disputar o Paulista:
Vivian, Iziane e Geisa.
Pouco? Nem tanto. O Rio contará com apenas uma medalhista e
campeã no Maranhão, a pivô
Kelly, e mais duas jogadoras que
participaram da campanha da
Copa América, Erika e Micaela
-o time carioca perdeu estrelas
como Claudinha e Janeth, que deve se transferir para o exterior. Já
o Paraná, vice-campeão do último Nacional, desfez sua equipe.
Nessa nova ordem do basquete
paulista, dois times surgem fortalecidos e candidatos ao título deste ano: Unimed/Americana e Corinthians/Santo André.
O time de Americana, eliminado nas quartas-de-final do último
Paulista, foi quem mais investiu.
Trouxe a armadora Helen e a
ala-armadora Silvinha (ambas ex-Paraná), além da ala Roseli (ex-Guaru), da pivô Ega (ex-Unimed/Ourinhos) e da ala-pivô Geisa, que estava na Espanha.
"O time está competitivo, mas
ainda preciso de uma pivô para
ter opção no banco", disse o técnico Paulo Bassul, do Americana.
A equipe chegou a pensar em
trazer uma estrangeira para a posição, mas a contratação de Helen, maior estrela da equipe, inviabilizou novos investimentos.
A armadora, que disputou a última temporada da WNBA pelo
Washington Mystics, assinou um
contrato até o final do ano e será
bancada pela renda da bilheteria
dos jogos em Americana.
O Santo André, agora em parceira com o Corinthians local,
manteve a base do time que foi semifinalista do último Nacional
-conta com a ala-armadora Lílian e as armadoras Vivian e Gigi,
todas com passagem pela seleção.
"Com a saída das estrelas [que
foram para o exterior", o Paulista
ficou equilibrado. Nosso time pode chegar ao título", confia a técnica Lais Elena Aranha.
Sem grandes patrocinadores,
Unimed/Ourinhos e Guaru, finalistas de 2000, só repetirão o feito
se houver nova zebra neste ano.
Ourinhos perdeu algumas de
suas principais jogadoras, como a
pivô norte-americana Jack Nero,
fundamental na conquista do título do ano passado.
"Das dez jogadoras que tínhamos, ficamos com quatro. Acho
que Americana e Santo André
irão disputar o título. Nossa expectativa é chegar às semifinais",
afirmou o técnico Edson Ferreto.
O Guaru não conta mais com a
croata Korie Hlede. Sem dinheiro,
o time perdeu também Roseli e
Aide. "Vivemos um momento
complicado por causa da troca da
administração municipal. O time
foi muito modificado, mas esperamos surpreender novamente",
disse o técnico Alexandre Cato.
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