São Paulo, segunda-feira, 25 de novembro de 2002 |
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FUTEBOL Santos marca 3 vezes e ganha a vaga nas semis até se perder por um gol de diferença no Morumbi na quinta-feira São Paulo dos recordes perde vantagem
DA REPORTAGEM LOCAL Em apenas 90 minutos, o Santos transformou ontem em pó a vantagem que o São Paulo ganhou depois de uma das mais brilhantes campanhas da sua trajetória na história do Brasileiro. Na Vila Belmiro, o time do litoral venceu por 3 a 1 e agora estará nas semifinais mesmo perdendo por um gol de diferença na próxima quinta-feira no Morumbi. Além de ver quebrada uma série de dez vitórias seguidas, seu recorde no Nacional, o São Paulo corre sério risco agora de ser eliminado por um time que terminou a fase de classificação com 13 pontos a menos do que ele. A derrota aconteceu para um rival que estava em baixa. Com cinco derrotas nos últimos nove jogos da primeira fase, o Santos só classificou-se às finais, na oitava colocação, com a ajuda de outros resultados na última rodada. Contra o Santos, o ataque que ameaçava quebrar o recorde de gols em uma edição do Nacional não funcionou. Com exceção de Kaká, os demais jogadores ofensivos do São Paulo tiveram atuação apagada. A dupla Luis Fabiano e Reinado, que marcou 30 gols na fase de classificação, passou em branco e ainda pouco incomodou. Segundo o Datafolha, os dois finalizaram apenas quatro vezes, sendo que três foram para fora. De um modo geral, a pontaria são-paulina foi péssima. Em 13 conclusões, só duas foram na direção do gol do adversário. Já o trio ofensivo do Santos não decepcionou. Alberto, Robinho e Diego marcaram os gols que fizeram o time reverter a vantagem que o rival tinha até ontem. O Santos abriu o placar, aos 31min, depois que Elano, na entrada da pequena área, disputou a bola com três defensores são-paulinos. A bola sobrou para Alberto, que chutou de perna esquerda no canto esquerdo de Rogério. Graças a Kaká, o São Paulo, que não teve o lateral-direito Gabriel, machucado, não foi para o intervalo em desvantagem no placar. Aos 46min, o meia-atacante arrancou pelo lado direito da defesa rival, ganhou a disputa com Paulo Almeida e chutou forte. Fábio Costa, que voltava ao time depois de meses machucado, ainda tocou na bola, mas não evitou o gol. Além de não acompanhar o desempenho ruim de seus companheiros, Kaká, dessa vez, não repetiu os lances violentos de outros confrontos. Sem cometer uma falta sequer, ele também não reclamou da arbitragem e terminou a partida sem levar cartões -na primeira fase acumulou nove amarelos e um vermelho. Durante o primeiro tempo, o clima dentro de campo não lembro em nada o que aconteceu na primeira fase, quando o jogo entre os dois times, vencido pelo São Paulo por 3 a 2, teve um nível de tensão inédito na competição. Foram poucas faltas (24), discussões entre os jogadores e reclamações com o juiz gaúcho Carlos Eugênio Simon, que assim não precisou mostrar o cartão amarelo em nenhuma oportunidade. O segundo tempo começou novamente com o São Paulo um pouco melhor. Mas, aos 6min, foi o Santos que conseguiu marcar. Depois de passe do lateral-direito Maurinho, Robinho chutou forte, no ângulo, para desempatar. O jovem atacante, além do gol, ajudou na marcação -fez seis faltas, recorde da partida. Com seu time em desvantagem, novamente Kaká tomou para si a responsabilidade de comandar o São Paulo à frente. Como o são-paulino levava seguidamente vantagem, Emerson Leão, técnico santista, alterou sua equipe, trocando Elano por Alexandre. A substituição deu resultado. Mais seguro na defesa, o time da casa começou a atacar com mais eficiência e acabou marcando o terceiro, aos 22min, com Diego, que antes de vazar Rogério tirou Ameli da direção da bola com um drible de corpo. Na comemoração, o meia-atacante, que na véspera do jogo foi recebido em Santos com faixas de protesto pelos torcedores organizados do clube, fez a única comemoração mais exaltada da partida. Na primeira fase, as celebrações das duas partes geraram muita confusão. A partir desse momento, o ritmo do jogo diminuiu bastante e mais faltas passaram a acontecer, fazendo com que Simon exibisse três amarelos. Pelo retrospecto da primeira fase, vencer por dois gols de diferença não é uma tarefa das mais difíceis para o São Paulo. Até agora, o time ganhou nove vezes por dois gols ou mais de vantagem sobre o rival. Em compensação, o Santos, nas 25 vezes que entrou em campo na fase de classificação, só perdeu por mais de um gol de diferença em três oportunidades. Texto Anterior: Para dirigente, Atlético foi covarde Próximo Texto: Diego extravasa após seu gol e é ovacionado Índice |
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