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Confissão dá fim a glórias de velocista no atletismo
DA REPORTAGEM LOCAL
A nova confissão de doping
retira de Tim Montgomery
quase todas as suas glórias como velocista. Ele atingiu o auge
em 2002, quando cravou 9s78
para bater o recorde dos 100 m,
de forma surpreendente.
De quebra, engatou namoro
com Marion Jones, dona de
cinco pódios em Sydney-00 e
na época maior nome do atletismo do país -suas medalhas
seriam cassadas por doping.
Até se tornar o homem mais
rápido do mundo, Montgomery
era um coadjuvante, integrando os times de revezamento 4 x
100 m dos EUA em Olimpíadas
e Mundiais. Foi assim na prata
nos Jogos de Atlanta-96 e no
ouro no Mundial de Sevilha-99
e nos Jogos de Sydney-00.
A partir de 2003, porém, sua
carreira começou a degringolar. No Mundial de Paris, começaram a pipocar casos de doping. Para evitar testes, muitos
competidores abandonaram de
forma suspeita a competição.
Montgomery foi um deles.
Alegando lesão, deixou a capital francesa às pressas.
Pouco depois, os EUA anunciaram a descoberta do THG,
droga fabricada pelo laboratório Balco apenas para burlar o
antidoping. Uma investigação
federal foi aberta e, um a um,
atletas foram sendo flagrados.
Apontado como beneficiado
por doping, Montgomery foi
suspenso em 2005, mesmo ano
em que Asafa Powell, na pista,
superou sua marca, que já havia
sido cancelada dos registros.
No dia seguinte à sentença,
anunciou o fim de seu casamento com Marion Jones e de
sua carreira nas pistas.
Seu abismo não parou aí. Em
2008, foi condenado e cumpre
pena por fraude fiscal e tráfico
de drogas, que somam mais de
oito anos de prisão.0
(ALF)
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