São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2008

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Confissão dá fim a glórias de velocista no atletismo

DA REPORTAGEM LOCAL

A nova confissão de doping retira de Tim Montgomery quase todas as suas glórias como velocista. Ele atingiu o auge em 2002, quando cravou 9s78 para bater o recorde dos 100 m, de forma surpreendente.
De quebra, engatou namoro com Marion Jones, dona de cinco pódios em Sydney-00 e na época maior nome do atletismo do país -suas medalhas seriam cassadas por doping.
Até se tornar o homem mais rápido do mundo, Montgomery era um coadjuvante, integrando os times de revezamento 4 x 100 m dos EUA em Olimpíadas e Mundiais. Foi assim na prata nos Jogos de Atlanta-96 e no ouro no Mundial de Sevilha-99 e nos Jogos de Sydney-00.
A partir de 2003, porém, sua carreira começou a degringolar. No Mundial de Paris, começaram a pipocar casos de doping. Para evitar testes, muitos competidores abandonaram de forma suspeita a competição.
Montgomery foi um deles. Alegando lesão, deixou a capital francesa às pressas.
Pouco depois, os EUA anunciaram a descoberta do THG, droga fabricada pelo laboratório Balco apenas para burlar o antidoping. Uma investigação federal foi aberta e, um a um, atletas foram sendo flagrados.
Apontado como beneficiado por doping, Montgomery foi suspenso em 2005, mesmo ano em que Asafa Powell, na pista, superou sua marca, que já havia sido cancelada dos registros.
No dia seguinte à sentença, anunciou o fim de seu casamento com Marion Jones e de sua carreira nas pistas.
Seu abismo não parou aí. Em 2008, foi condenado e cumpre pena por fraude fiscal e tráfico de drogas, que somam mais de oito anos de prisão.0 (ALF)


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