São Paulo, terça-feira, 25 de dezembro de 2001

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PAINEL FC

Fim da letargia
Com o fim da última edição do Brasileiro organizada pela CBF, o Clube dos 13 começa a se mexer. Seu presidente, Fábio Koff, vai convocar uma reunião para janeiro para tentar agilizar a criação da Liga Nacional. O maior temor dos cartolas é repetir o fiasco da Copa JH.

Insônia
Outra grande preocupação do C13 é como viabilizar as séries B e C. "Com o dinheiro que arrecadamos hoje, não temos como organizar mais duas competições", disse o dirigente, que quer ampliar o convênio com a TAM.

Em alta
Gianni Grisendi, presidente da TIM Brasil -patrocinadora do Atlético-PR-, não pára de receber elogios da diretoria do clube. Os paranaenses dizem que ele é pé-quente. Lembram que foi o italiano quem dirigiu a Parmalat nos tempos áureos da parceria com o Palmeiras.

Molhado
O senador corintiano Álvaro Dias (PDT-PR), que presidiu a CPI do Futebol, tentou "invadir" o campo anteontem para comemorar o título do Atlético-PR. Teve que esperar um pouco, sob a chuva, ao lado dos jornalistas. Só entrou quando um funcionário da Federação Paulista abriu o portão.

Divisão da glória
O técnico campeão Geninho conversou com seu antecessor no clube, Mario Sérgio, logo após a decisão. Disse a ele que sua participação foi importante na conquista inédita para o clube do Paraná.

Só sorriso
No fim, os dois maiores inimigos dos cartolas em 2001 terminaram o ano felizes. Dias viu um time do Paraná pela segunda vez campeão brasileiro. E Geraldo Althoff (PFL), relator da CPI, pôde festejar o acesso do Figueirense à primeira divisão.

Corrida
O meia-atacante Anaílson, destaque do Azulão no Brasileiro, não via a hora de sair do Anacleto Campanella. É que tinha de arrumar as malas para a viagem para Extrema (MA), onde encontraria seu pai, aniversariante do dia, e sua namorada.

Homenagem
O atacante Ronaldo, que chegou ontem ao Rio, trouxe outra novidade no corpo além da terceira lesão desde que se recuperou da cirurgia no joelho. Exibiu tatuagem na panturrilha em homenagem ao filho Ronald, 1.

Por bons serviços?
Apesar de ter se apresentado como uma entidade extremamente deficitária para as CPIs, a CBF resolveu premiar sua diretoria. Pagou o 13º e o 14º salário a seus dirigentes, que desde 1998 são remunerados.

Privilegiado
Da direção da confederação, quem mais recebe por mês é Marco Antônio Teixeira, secretário-geral e tio de Ricardo Teixeira. Ele ganha quase R$ 40 mil, pouco mais que o próprio presidente da entidade, que angaria cerca de R$ 35 mil mensais.

Contragolpe
O empresário Hélio Viana, ex-sócio de Pelé na PS&M Ltda., entrou com queixa-crime contra o ex-atleta. Diz ter sido vítima de calúnia e difamação.

Por dentro
Em entrevista à TV Cultura exibida anteontem à noite, Viana voltou a negar que tenha desviado dinheiro da PS&M Ltda. e disse que Pelé sabia de todos os detalhes do evento que seria realizado em prol do Unicef argentino -o que o "Rei" nega.

Toga
Os advogados estão deixando os tribunais para entrar em campo. Literalmente. Depois da realização da segunda edição da Liga Jurídica, que reuniu 12 dos maiores escritórios de São Paulo e foi vencida pelo Machado, Meyer, a idéia é expandi-la para outros Estados do país.

Auto-ajuda
A Federação Paulista, um dos alvos da CPI do Futebol, cedeu os árbitros para o evento. É possível que em poucos meses tenha que requerer a ajuda de um dos jogadores-advogados.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Luiz Olinto Tortorello (PTB), prefeito de São Caetano do Sul e presidente de honra do Azulão, sobre Álvaro Dias, que foi anteontem ao Anacleto torcer pelo Atlético-PR:
- Ele entende muito pouco de futebol.

CONTRA-ATAQUE

Percalços de uma final

Os pássaros quero-quero, habituais frequentadores dos CTs de clubes paulistanos, também deram o ar de sua graça no segundo jogo da decisão do Brasileiro, no Anacleto Campanella.
Depois de ataques contra jogadores palmeirenses, em um momento de futebol ruim do time, e contra o técnico do São Paulo, Nelsinho Baptista, a ira da ave teve um motivo mais relacionado com sua vida cotidiana.
Enquanto as cheerleaders, protegidas do mau tempo por capas de chuva, faziam uma de suas apresentações de dança, um quero-quero deu vôo rasante sobre uma das animadoras.
O pássaro ficou temeroso com a segurança de alguns filhotes que estavam próximos ao local.
Por outro lado, também serviu para incomodar a apresentação, que não era das mais inspiradas e nem surtia muito efeito sobre a platéia encharcada pela chuva.
Já a banda que também se apresentou anteontem ficou livre dos ataques alados. Os músicos, acompanhados pelo coro da torcida na execução do hino nacional, só não escaparam de ensopar seus ternos pretos.



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