DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do Corinthians pretende "melar" a primeira contratação de peso feita pelo arqui-rival São Paulo para a temporada 2002.
O time do Morumbi anunciou na semana passada que Reinaldo, que foi revelado pelo Flamengo, atuaria por seis meses sob o comando de Nelsinho Baptista.
O problema é que o atacante, que estava no PSG, foi dado pelo Flamengo como garantia pela compra do atacante Edílson, no ano passado.
Como o clube carioca ainda deve cerca de US$ 2,2 milhões ao fundo de investimentos HMTF, parceiro corintiano, o clube entrou na Justiça para pleitear o bloqueio do contrato do jogador.
"O Reinaldo não vai poder estrear no São Paulo. O contrato dele está penhorado. Enquanto o Flamengo não nos pagar, ele não poderá ser registrado pela CBF", afirmou o vice-presidente de futebol do Corinthians, Antonio Roque Citadini.
A diretoria do São Paulo, por seu lado, diz que não haverá problemas na contratação do jogador. Segundo os são-paulinos, a briga judicial é entre Flamengo e Corinthians.
Se puder jogar no clube do Morumbi, Reinaldo deve ocupar a vaga de Luís Fabiano.
O jogador, um dos destaque do time na temporada, deve voltar à França porque o São Paulo não está disposto a pagar os US$ 4 milhões que seu clube, o Rennes, está pedindo para romper seu vínculo com o atacante.
O São Paulo deve perder ainda outro atacante para a próxima temporada. França deve ser vendido por US$ 8,5 milhões ao Bayer Leverkusen (Alemanha).
No Parque São Jorge, a expectativa é pela lista de jogadores que o novo técnico Carlos Alberto Parreira entregará à diretoria.
O treinador tetracampeão mundial, que se apresentou ontem à tarde, terá que dar sua opinião sobre duas negociações em curso no Corinthians. As trocas de Fernando pelo centroavante Oséas e a contratação de outro cruzeirense, o volante Ricardinho.
Junto com Parreira, chegariam ao Parque São Jorge ontem o preparador físico Moracy Sant'Anna, também tetracampeão com a seleção brasileira em 1994, e o auxiliar técnico Jairo Leal.
A diretoria corintiana estudava a permanência do consultor Valdir de Moraes e do preparador de goleiros Cantarelle, remanescentes da comissão técnica de Wanderley Luxemburgo, demitido há duas semanas.
Com a contratação dos três novos profissionais, o presidente Alberto Dualib conseguiu enxugar o gasto com a comissão técnica em 40%. Na era Luxemburgo, o Corinthians gastava R$ 500 mil mensais com com o pagamento de salário a técnico, auxiliares e preparadores. Agora, o total não ultrapassará R$ 300 mil.
A contratação de Parreira, concretizada no último sábado, trouxe alívio à cúpula corintiana.
Desde que levou um "não" de Oswaldo de Oliveira, o preferido da diretoria para substituir Luxemburgo, os diretores mostravam preocupação. Chegaram a pensar em Geninho, campeão brasileiro pelo Atlético-PR, e até em Celso Roth, como última opção, mas a experiência internacional de Parreira pesou na decisão de contratá-lo.
À Folha, anteontem à noite, o técnico tetracampeão disse que a responsabilidade de assumir o Corinthians era equivalente a de dirigir o time nacional.
O técnico já disse à diretoria do Corinthians que deve se ausentar do clube durante a Copa, uma vez que terá compromissos profissionais na Coréia e no Japão.



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