DA REPORTAGEM LOCAL

A bola também serve como instrumento de aproximação entre israelenses e palestinos, de áreas da periferia, na Faixa de Gaza. O programa é coordenado pelo Centro para a Paz Shimon Peres, do atual presidente e ex-premiê de Israel.
Hoje, conta com 1.600 crianças de até 13 anos dos dois lados. Elas começam a prática esportiva separadas. Juntam-se nos torneios disputados na escolinha, com times mesclados de israelenses e palestinos. O futebol é o mote do centro, que existe há sete anos e ainda conta com aulas de basquete.
Neste ano, em março, a mini-Copa realizada teve a participação de 500 jovens.
A iniciativa já provoca mudanças no cenário crônico de desavenças da região.
"Estava preocupada com o futuro do meu filho Mohammed, de 11 anos. Ele tinha opiniões extremas sobre o que acontece no nosso país", disse Al Issawiya, de origem palestina, ao site do programa. "Com o projeto, ele passou a entender os significados de paz e convivência em harmonia. Agora, tem amigos israelenses e está feliz."
O centro ainda tenta capitalizar a visita de atletas e treinadores renomados para desenvolver seus planos. O atacante Ronaldo, do Milan, esteve lá em maio. Luiz Felipe Scolari, técnico da seleção portuguesa, foi o convidado de junho deste ano.
"O esporte tem uma capacidade sem precedentes de ajudar a superar barreira de idioma, política e religião", diz o site do projeto, sobre sua missão ao juntar israelenses e palestinos.0 (FG E MB)


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