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TÊNIS
Decisão do Grand Slam reúne Safin e Johansson, jogadores de saque poderoso e antíteses dos finalistas do ano passado
Força volta à cena na final do Aberto da Austrália
DA REDAÇÃO
Se a final feminina do Aberto da
Austrália de 2002 foi uma revanche da edição do ano passado, a
decisão masculina tem uma diferença radical em relação à partida
que definiu o título de 2001.
O russo Marat Safin, que hoje
completa 22 anos, e o sueco Thomas Johansson, 26, decidem na
próxima madrugada quem fica
com o título da edição deste ano.
Os dois atletas utilizam o saque
potente como uma das armas para derrotar os rivais nas quadras
duras de Melbourne, diferentemente dos finalistas do ano passado, o americano Andre Agassi e o
francês Arnaud Clement.
Em quase todas as seis partidas
que disputaram para alcançar a
decisão do Aberto, Safin e Johansson sempre conseguiram ultrapassar a barreira dos 200 km/h em
seu serviço mais poderoso. Eles
também sempre obtiveram mais
aces do que seus oponentes.
O russo está entre os dez saques
mais potentes da história, e o sueco foi o décimo colocado no ranking de aces no ano passado.
Campeão das últimas duas temporadas, Agassi, que não disputou o torneio neste ano por causa
de uma contusão no pulso, registrou na edição de 2001 média de
velocidade no primeiro serviço
inferior à obtida pela sua compatriota Venus Williams.
Nas seis primeiras partidas do
vice-campeonato do ano passado,
Clement conseguiu 33 saques sem
defesa, número superado em apenas duas partidas por Johansson.
Ontem, além do saque poderoso, com o qual obteve 20 aces, Safin contou com ajuda ""divina" para bater o alemão Tommy Haas
por 3 a 2 (6/7, 7/6, 3/6, 6/0 e 6/2) e
se classificar para sua primeira final do Aberto da Austrália.
""Graças a Deus começou a chover", afirmou Safin, que vencia o
quarto set quando a partida foi interrompida. ""Eu precisava da
pausa, e Deus me deu isso."
Safin, que comemorou erguendo os dois braços quando o jogo
foi paralisado, afirmou que ""não
teria nenhuma chance de vencer
Haas se não tivesse chovido".
No segundo set, o russo chegou
a pedir atendimento médico por
se sentir mal por causa do calor
-que chegou a 35C.
Durante o intervalo de 45 minutos, Safin disse que recebeu massagens e tomou aspirina.
Com o teto retrátil da Rod Laver
Arena fechado e temperatura em
torno dos 24C, as condições ficaram mais propícias para o estilo
de jogo do russo, que aproveitou.
Além da potência no saque, outra característica distinta entre os
favoritos das duas finais (Agassi e
Safin já foram número um do
mundo, e Clement disputava, como Johansson faz agora, sua primeira final de um torneio de
Grand Slam) é o temperamento.
Agassi já foi eleito o ""atleta mais
afável" pelo jornal ""USA Today",
enquanto Safin é conhecido pelo
seu temperamento explosivo
-ontem, ele atirou a raquete no
chão, destruindo-a, após errar um
lance no começo do segundo set.
Na busca de seu segundo Grand
Slam (conquistou o Aberto dos
EUA em 2000), Safin vai enfrentar
um tenista que nunca havia ultrapassado as quartas-de-final de
um campeonato da série mais importante da modalidade.
Johansson chegou à final sem
enfrentar nenhum dos 20 primeiros cabeça-de-chave.
Seu rival mais bem classificado
foi o marroquino Younes El Aynaoui (21) na terceira rodada.
Com seis títulos na carreira, o
sueco venceu suas quatro últimas
finais. Somente Lleyton Hewitt,
com seis vitórias seguidas em decisões, registra melhor desempenho nesse levantamento. Safin,
por sua vez, ganhou dez competições como profissional.
Johansson ainda tenta quebrar
um jejum da Suécia na Austrália.
O último tenista do país a vencer o
Aberto foi Mats Wilander, atual
técnico de Safin, em 1988.
Com agências internacionais
NA TV - ESPN
International, ao vivo, 1h
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