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FUTEBOL AMERICANO
Liga dos EUA aproveita finalíssima de seu campeonato para tentar popularizar esporte na América
Super Bowl vira isca para público latino
PAULO GALDIERI
DA REPORTAGEM LOCAL
A NFL, a liga profissional de futebol americano dos EUA, aproveitou a badalada final do seu campeonato para tentar expandir
seus horizontes, em busca de popularizar o esporte entre o público latino-americano.
A entidade está aproveitando o
fato de que um dos times que farão parte da 37ª edição do Super
Bowl -o Tampa Bay Buccaneers,
que joga contra o Oakland Raiders, hoje, às 21h- contar com
jogadores de origem latina para
atrair a atenção dos países.
Uma das estratégias da liga foi
oferecer a emissoras de TV aberta
a cessão dos direitos de transmissão do evento, que conta com
shows musicais de grandes astros.
No Brasil, a escolhida foi a Rede
Globo. A liga ofereceu gratuitamente à emissora carioca os direitos de transmissão da partida para a TV aberta no país.
No entanto parece ter sido em
vão o esforço da NFL para levar o
Super Bowl ao maior número de
pessoas possível no Brasil.
Mesmo sem ter nenhum custo,
a emissora não se interessou em
transmitir a partida (que costuma
demorar cerca de quatro horas)
ao vivo e na íntegra.
A Folha apurou que a Globo estuda a hipótese de mostrar apenas
flashes dos shows -neste ano o
guitarrista Carlos Santana e a cantora country Shania Twain serão
as atrações- durante o "Fantástico", caso a audiência do programa dominical esteja abaixo do habitual, numa eventual tentativa de
atrair os telespectadores.
Outra forma encontrada pela
NFL para chamar a atenção do
público latino foi explorar o fato
de o Tampa Bay ter em seu elenco
o "kicker" argentino Martin Gramatica e o brasileiro Damian Medeiros da Silva Vaughn, "tight
end" reserva do time.
Mesmo afastado dos treinos devido a uma contusão, o único jogador brasileiro na NFL foi recrutado pela liga para fazer o papel de
um relações-públicas com imprensa e público latinos.
De quinta-feira passada até ontem, Damian Vaughn teria de
cumprir uma intensa agenda de
compromissos em San Diego.
Desde entrevistas para a TV
Univisión (emissora que transmite para o território norte-americano programação em espanhol)
até clínicas de futebol americano
com crianças de origem latina,
para ensinar-lhes as regras e a dinâmica do esporte.
"Isso faz parte de um projeto da
NFL para popularizar o futebol
americano. Eu fui convidado porque sou brasileiro, falo bem o português e também o espanhol",
afirmou Vaughn em entrevista à
Folha, por telefone.
O esforço da NFL em tentar fazer com que os latino-americanos
entendam e tomem gosto pelo futebol americano tem justificativa.
A ESPN International, emissora
de TV por assinatura que transmitirá a partida para 40 países da
América Latina, anunciou na semana passada que conseguiu
vender todas as cotas do espaço
publicitário para o Super Bowl.
"A reação do mercado publicitário à cobertura do Super Bowl
foi realmente surpreendente", declarou Michael Fox, vice-presidente de vendas de propaganda
da ESPN International.
NA TV - Super Bowl, ao vivo,
na ESPN International, às 21h
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