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O PERSONAGEM
Para assessor religioso, título exorciza mascote
DA REPORTAGEM LOCAL
Com o título da Copa São
Paulo do América, o padre
Areovaldo Vieira de Souza,
51, diretor espiritual do clube, ganhou subsídios para
"exorcizar" de vez o diabo,
mascote da equipe, representado pelo personagem
Brasinha, das HQs.
"Esse título veio por obra
de Deus. Não tem nada a ver
com o diabo. Por isso precisamos apoiar o projeto dos
conselheiros de sumir com
esse símbolo que está há
tempos no clube. Ele não está mais na camisa, resta sair
do estatuto", disse Souza,
que coordena a assessoria de
suporte religioso, criada para levar fé ao time.
Além dele, mais três padres e um pastor evangélico
integram o grupo. Ontem,
porém, só ele decidiu enfrentar 440 quilômetros com
torcedores e dirigentes de
Rio Preto até o Pacaembu.
No estádio, escolheu a
sombra para se sentar. Vestiu a camisa do América e sacou o terço que ganhou do
papa João Paulo 2º, morto
em 2005. "Eu sabia que o goleiro iria defender o primeiro pênalti. Tive uma informação divina", disse Souza.
Em Rio Preto, ele dirige o
Santuário de Nossa Senhora
das Graças. "O pessoal me
convida porque trago sorte.
Foi assim em 99, quando fomos campeões paulistas da
segunda divisão", conta ele,
que diz fazer exorcismos.
Ao fim do jogo, Souza foi
ao vestiário do América orar
com o time. Vestiu a roupa
preta com colarinho branco
que usa para expulsar o demônio. "Hoje ninguém esteve com o diabo no corpo, só
com Deus."
(KT E TT)
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