São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

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PAN-AMERICANO

Riocentro vira novo problema para torneio

LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL

"Menina dos olhos" do Co-Rio (Comitê Organizador do Pan-07), que já foi até usado e aprovado em eventos-teste para a competição, o Riocentro agora depende de justificativas da prefeitura para poder ser utilizado nos Jogos.
No último dia 9, o TCM (Tribunal de Contas do Município) enviou à Secretaria Municipal da Fazenda um ofício pedindo explicações sobre a licitação do espaço.
Maior centro de convenções do Rio, o Riocentro terá seu espaço transferido à iniciativa privada, que explorará o local por 50 anos.
O que a prefeitura tem que explicar ao TCM é o que será feito da empresa Riocentro, que seguirá existindo mesmo sem o imóvel.
Há o temor de que ela já tenha compromissos firmados para receber feiras e eventos no período da concessão. Esses compromissos, caso sejam cancelados, poderão trazer prejuízos aos cofres públicos, é o que desconfia o TCM.
Outra preocupação é com os empregados da Riocentro. O tribunal quer saber se há previsão de demissões e qual o impacto financeiro que elas teriam. Há dúvidas também se a empresa continuará em condições de promover atividades de turismo sem o imóvel.
O autor do questionamento, que foi aprovado por unanimidade pelo TCM, é o conselheiro José de Moraes Correa Neto.
Ex-vereador do município, ele foi secretário de Esportes da capital fluminense. Entre os anos de 1993 e 1996 -primeiro mandato do atual prefeito do Rio-, ele foi líder do governo de Cesar Maia na Câmara Municipal. "E se já houver uma feira para 10 mil pessoas marcada para o Riocentro nos anos da concessão? Desmarcar um evento desse porte pode gerar ações judiciais prejudiciais ao município", afirma Correa Neto.
Por e-mail, o prefeito Cesar Maia (PFL) diz que os questionamentos do TCM sobre a licitação do Riocentro já foram respondidos -informação contestada pelo gabinete do conselheiro, que negou ter recebido justificativas.
Ontem, a Prefeitura do Rio deu também novo passo para tentar solucionar problemas em Jacarepaguá, obra mais atrasada do Pan.
Foram abertos os envelopes da licitação referente ao parque aquático que será construído no local. A construção sairá 18,16% mais barata que o inicialmente previsto. O valor do projeto, que será tocado pelo consórcio formado por Delta Engenharia, Midas e Sanerio, é de R$ 48 milhões.


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