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PAN-AMERICANO
Riocentro vira novo problema para torneio
LUÍS FERRARI
DA REPORTAGEM LOCAL
"Menina dos olhos" do Co-Rio
(Comitê Organizador do Pan-07),
que já foi até usado e aprovado
em eventos-teste para a competição, o Riocentro agora depende
de justificativas da prefeitura para
poder ser utilizado nos Jogos.
No último dia 9, o TCM (Tribunal de Contas do Município) enviou à Secretaria Municipal da Fazenda um ofício pedindo explicações sobre a licitação do espaço.
Maior centro de convenções do
Rio, o Riocentro terá seu espaço
transferido à iniciativa privada,
que explorará o local por 50 anos.
O que a prefeitura tem que explicar ao TCM é o que será feito da
empresa Riocentro, que seguirá
existindo mesmo sem o imóvel.
Há o temor de que ela já tenha
compromissos firmados para receber feiras e eventos no período
da concessão. Esses compromissos, caso sejam cancelados, poderão trazer prejuízos aos cofres públicos, é o que desconfia o TCM.
Outra preocupação é com os
empregados da Riocentro. O tribunal quer saber se há previsão de
demissões e qual o impacto financeiro que elas teriam. Há dúvidas
também se a empresa continuará
em condições de promover atividades de turismo sem o imóvel.
O autor do questionamento,
que foi aprovado por unanimidade pelo TCM, é o conselheiro José
de Moraes Correa Neto.
Ex-vereador do município, ele
foi secretário de Esportes da capital fluminense. Entre os anos de
1993 e 1996 -primeiro mandato
do atual prefeito do Rio-, ele foi
líder do governo de Cesar Maia na
Câmara Municipal. "E se já houver uma feira para 10 mil pessoas
marcada para o Riocentro nos
anos da concessão? Desmarcar
um evento desse porte pode gerar
ações judiciais prejudiciais ao
município", afirma Correa Neto.
Por e-mail, o prefeito Cesar
Maia (PFL) diz que os questionamentos do TCM sobre a licitação
do Riocentro já foram respondidos -informação contestada pelo gabinete do conselheiro, que
negou ter recebido justificativas.
Ontem, a Prefeitura do Rio deu
também novo passo para tentar
solucionar problemas em Jacarepaguá, obra mais atrasada do Pan.
Foram abertos os envelopes da
licitação referente ao parque
aquático que será construído no
local. A construção sairá 18,16%
mais barata que o inicialmente
previsto. O valor do projeto, que
será tocado pelo consórcio formado por Delta Engenharia, Midas e Sanerio, é de R$ 48 milhões.
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