São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2008

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Fôlego e burocracia ainda prejudicam o Corinthians

RODRIGO MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Teoricamente, o Corinthians conta com 32 jogadores em seu elenco, incluindo o recém-chegado Fabinho. Na prática, diversos desses atletas não poderão enfrentar, amanhã, o São Paulo. E outros ainda capengam, fora de forma.
Sobram motivos que impedem o clube de contar com sua força máxima: contratações de última hora, demora nas regularizações e uma pré-temporada reduzida. Além disso, falta uma base do ano passado.
Como comparação, o São Paulo já pode escalar todos os jogadores contratados, nenhum deles com problema físico que o impeça de atuar.
Não é à toa que todos no Corinthians, do goleiro ao presidente, afirmam que o oponente está um passo à frente.
"Da equipe do ano passado, só entrou o Adriano no São Paulo. Nossa parte tática ainda não está pronta", analisou o goleiro Felipe. O técnico Mano Menezes e o presidente Andres Sanchez já haviam afirmado que o adversário era favorito.
Se a parte tática ainda não se acertou, a física está longe do ideal. Mano já tinha reconhecido que a pré-temporada não fora ideal -o meia-atacante uruguaio Acosta ainda estava fora de forma. Já o lateral Coelho não pode jogar o tempo inteiro.
Pelas informações do site do Corinthians, jogadores aparecem com sobrepeso pelo cálculo de sua massa corporal. São os casos dos titulares Felipe e Perdigão, além de Bóvio, que pode entrar no time. Por esse cálculo, Chicão está no limite.
O índice de massa corporal ideal é de até 25. Com 75 kg em 1,69 m, Perdigão, por exemplo, soma um IMC de 26,26. Já Bóvio, que tem 90 kg em 1,78 m, chega a IMC de 28,41 . Especialistas em preparação física dizem que, em atletas, esse índice não indica que as pessoas necessariamente estão gordas. Isso porque desportistas podem acumular mais músculos.
Ontem, a reportagem tentou ouvir Flávio Trevisan, preparador físico do Corinthians, sobre o assunto, sem sucesso.
Fora de campo, sobram jogadores contratados, mas que não podem ser utilizados. São os casos do chileno Suárez, do argentino Herrera e do volante Fabinho. Nenhum deles pode jogar por problemas burocráticos ou de negociações.
Diante disso tudo, Mano optou ontem por uma atividade fechada à tarde, quando estava previsto um coletivo. Antes, o técnico disse que faria esquema para se adequar ao São Paulo, que considerava superior. Assim, pode mudar a escalação para reforçar a marcação.


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