São Paulo, segunda-feira, 26 de fevereiro de 2001

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PAINEL FC

Tudo dominado
A Flulic, empresa comandada pelo grupo do publicitário Roberto Justus para administrar o marketing do Fluminense, deve aumentar sua atuação no departamento de futebol. Após o Carnaval, reformulará o contrato com o time carioca, pelo qual passará a deter parte do passe de alguns dos principais jogadores.

Saúde financeira
Pela alteração contratual, a Flulic assumirá parte das ações do Fundo Oceânica, do Bozano, Simonsen, que detinha os passes dos atletas do Flu. Segundo a diretoria do clube carioca, desde que fez parceria com o grupo de Justus, Luiz Lobão -ex-executivo da Coca-Cola- e do empresário Ricardo Amaral, as finanças do Flu foram saneadas.

Desafio
Viola quer bater a marca de Renata Banhara, que desfilaria em 14 escolas de samba durante o Carnaval. O atacante pretende participar de 17 desfiles e desbancar a modelo, cujo objetivo é entrar no Livro dos Recordes.

Prioridade
Quem não aprova a atitude do atacante vascaíno é Renê Simões. Para o técnico da Lusa, não tem sentido desfilar por desfilar. Ele acha que cada um deveria ter apenas uma escola de preferência. Mas já há quem diga que Simões deveria se preocupar mais com o time do Canindé, que está virando saco de pancadas, e menos com a folia.

Na passarela
Gustavo Kuerten é a atração do Carnaval de Santa Catarina. Além da "Protegidos da Princesa", cujo samba-enredo é "Manezinho que encantou o mundo", os salões estão usando Guga como tema.

Consolo
De uma coisa, pelo menos, o HMTF não pode reclamar. O parceiro do Corinthians está, pouco a pouco, combatendo a comercialização de produtos piratas. De R$ 200 mil com licenciamento de artigos no segundo semestre de 99, o faturamento subiu para R$ 400 mil no mesmo período de 2000, apesar da péssima campanha do time.

Imprensa
O ""Jornal dos Sports", que está completando 70 anos e ficou conhecido por ter sido o jornal de Mário Filho, irmão de Nelson Rodrigues, teve a falência pedida pela Branac, do ramo de papel e celulose. A publicação diz que tentou, mas não conseguiu, renegociar a dívida com a empresa, acusada de ter vendido papel por preço extorsivo às administrações anteriores.

História
A atual administração -o empresário Omar Resende Peres comprou a maior parte das ações em 1999- diz que lutará até o fim para manter o jornal de pé. Nos arquivos da publicação carioca está a maior parte das crônicas do dramaturgo Nelson Rodrigues sobre futebol.

Diversificação
O Atlético-PR pretende diversificar os eventos realizados na Arena da Baixada. No ano passado, 80% foram de jogos de futebol. Neste ano, o objetivo é incentivar os espetáculos musicais e os cultos religiosos, fazendo-os responsáveis por 60% dos eventos no local.

Violência
Para a população sul-coreana, a maior defasagem do país em relação ao Japão durante a Copa será no quesito segurança. Mais de metade da população do país acha que os japoneses têm mais condições de combater o hooliganismo e manter a ordem interna durante o Mundial.

Operação Belezura
Outro ponto que preocupa os sul-coreanos é a sujeira das ruas. Apesar de ser muito menor do que a das grandes cidades brasileiras, eles dizem que ela pode assustar os estrangeiros.

Bebedeira
A Coca-Cola e a Pepsi estão brigando para patrocinar a Liga Inglesa de futebol. Ligado à cerveja Carling, o campeonato deve trocar de mãos -ou de copos- no ano que vem. A Budweiser também está no páreo.

E-mail: painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
Do treinador Valdyr Espinosa, do Fluminense, finalista da Taça Guanabara, sobre a importância do atacante colombiano Asprilla para o clube:
-Ele foi idolatrado pela torcida, não por mim. É importante, mas não mais do que os outros jogadores. Algumas de nossas melhores atuações aconteceram quando ele estava de fora.
CONTRA-ATAQUE

Ponto de vista

Há cerca de cinco anos, uma briga no vestiário entre dois atletas botafoguenses abalou o ambiente do time do Rio.
O meia defensivo Souza foi agredido por Silas, seu companheiro de equipe, porque teria dado em cima da mulher do "amigo".
No final, a direção acabou afastando Silas, responsabilizado pela agressão, mas manteve Souza no elenco.
Na primeira partida após o confronto com a presença do meia, os torcedores fizeram a festa. Tanto os do Botafogo como os do Itaperuna. Principalmente a segunda, que recepcionou o atleta aos gritos de "tarado", em alusão ao suposto assédio à mulher do colega.
A cada jogada de Souza, mais gritos de "tarado".
Foi então que o atleta surpreendeu e marcou um gol para o Botafogo. Calou os rivais e incendiou a torcida de seu time.
Eufórica com o gol, ela alterou o grito e passou a cantar: ""Êh, ôh, êh, ôh, o tarado é um terror". Satisfeito pelo reconhecimento, o meia Souza saiu de campo agradecendo a torcida.



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