São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

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Diretoria já sente pressão pelo título

DA REPORTAGEM LOCAL

A diretoria do São Paulo teme que a pressão de sua torcida pela conquista da Taça Libertadores atrapalhe o desempenho de seus atletas na competição.
Nos últimos dias, o assédio de torcedores aos jogadores, à comissão técnica e até à diretoria cobrando o título do torneio continental se intensificou e virou motivo de preocupação no clube.
"Eu mesmo estava chegando ao Morumbi outro dia e fui abordado por torcedores que disseram: "Você tem que trazer a Libertadores para a gente'", declarou o diretor de futebol são-paulino, Juvenal Juvêncio.
Segundo ele, os profissionais de futebol do clube não podem entrar nesse clima de obsessão. Juvêncio citou a eliminação do Corinthians do torneio em 2003 como exemplo. "Nós não podemos absorver essa euforia, entrar nessa ansiedade do torcedor, para evitarmos uma corintianização."
O Corinthians jogou a Libertadores do ano passado pressionado por nunca ter ganho o título e acabou eliminado precocemente.
O técnico Cuca tem dito a seus comandados que a presença do torcedor precisa ser encarada como um aspecto favorável ao time.
"A presença do torcedor, sem dúvida, será um diferencial a nosso favor. É uma competição que o clube não disputa faz dez anos. Não podemos perder a alegria de jogar", afirmou o técnico. "Tento passar aos jogadores que se tiver 50 mil pessoas no estádio é por causa deles. A Libertadores é uma obsessão para o torcedor e para nós também. Apenas temos de conter a ansiedade."
O goleiro Rogério, reserva nas Libertadores de 1993 e 1994, quando time foi à final, disse que cada jogo de Libertadores é uma decisão. "Existem competições em que todos os jogos são finais. A Libertadores é uma delas. Não é exagero esse clima criado. Em 1994 era menor a expectativa do que agora", afirmou o goleiro.
Para a partida de hoje, Cuca, que confirmou a presença de Fábio Santos no meio-campo e a permanência de Gustavo Nery na lateral esquerda, pediu comprometimento a seus atletas. "O principal fator que diferencia os estrangeiros é a entrega dos adversários na competição", explicou o treinador. (EDUARDO ARRUDA)


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