São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

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FUTEBOL

Treinador do Corinthians enfrenta contusões, brigas, suspensões e até morte antes de partida diante do Juventus

Percalços minam reestréia de Oliveira

RICARDO PERRONE
DA REPORTAGEM LOCAL

Em sua reestréia no Corinthians, hoje, às 20h30, contra o Juventus, o técnico Oswaldo de Oliveira tentará interromper a série de percalços que acompanha o time desde o início do ano.
Nos últimos dias, o substituto do demitido Juninho só recebeu más notícias, que aumentaram a turbulência no Parque São Jorge.
O elenco sofreu com a contusão de Marquinhos, a morte de um irmão de Rogério e um desentendimento entre Rincón e Moreno. Para piorar, Oliveira protagonizou uma briga com a modelo Jennifer Helena no desfile das escolas de samba no Rio de Janeiro.
Após se recusar a tirar uma foto com Helena, o técnico teria puxado o cabelo da modelo, que teria revidado com um tapa, derrubando os óculos do treinador. Oliveira, que volta ao time comandado por ele entre 1999 e 2000, não quis comentar o assunto ontem.
Hoje, no Pacaembu, ele não terá Rogério e Marquinhos. O lateral se recuperou de um trauma no olho direito, porém não voltou a treinar com bola. Na segunda e anteontem, foi dispensado dos trabalhos por causa da morte de seu irmão, no domingo.
Marquinhos é o 11º jogador contundido desde o início da temporada. Com dores no púbis, ele será o quarto atleta corintiano a passar por uma cirurgia neste ano. A operação será no sábado. Já estiveram nessa situação Rafael Silva, Coelho e Renato.
Oliveira já tinha perdido os volantes Rincón e Fabinho, ambos suspensos, para a partida de hoje.
Rincón foi um dos personagens da cena que mais demonstrou a tensão vivida pelo clube. Anteontem, ele se desentendeu com o lateral Moreno, após um lance no treino. Os dois foram separados pelo atacante Régis, que também discutira com o colombiano no empate contra o Barbarense.
É nesse clima que Oliveira tenta iniciar uma arrancada para tirar a equipe das últimas posições do Grupo 1 e se aproximar da classificação à próxima fase do Paulista.
Com cinco pontos, o time terminou a última rodada como o penúltimo de sua chave. Em cada grupo, os quatro primeiros avançam, e o lanterna cai.
A situação do Corinthians reforça o estigma de que quando as coisas estão ruins sempre pioram no clube. "A gente nunca quer se acostumar com isso. Mas sempre que acontece um problema aqui, ele vai se agravando até outras coisas acontecerem", disse Gil.
Fora de campo, as notícias também não tem sido animadoras. Os atletas lamentaram o rebaixamento da Gaviões da Fiel no Carnaval paulistano. Eles se acostumaram a ver o time acompanhar no gramado o ritmo da escola de samba nos últimos anos. Nas quatro vezes em que a Gaviões venceu o Carnaval (1995, 1999, 2002 e 2003) o clube conquistou pelo menos um título na temporada.
"Vamos tentar vencer o Juventus para dedicar a vitória à torcida, que está triste, e também a nós mesmos", afirmou Gil.


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