São Paulo, segunda-feira, 26 de março de 2001

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PAINEL FC

Deu no "Times" 1
Eurico Miranda, presidente do Vasco e deputado federal pelo PPB-RJ, é "o maior símbolo da crise moral do futebol brasileiro", de acordo com o diário norte-americano "The New York Times", que publicou extensa reportagem sobre o tema no final de semana.

Deu no "Times" 2
O jornal norte-americano entrevistou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), o deputado federal Aldo Rebelo (PC do B-SP) e o colunista Juca Kfouri, do diário "Lance", que falaram de crimes fiscais e cambiais e do contrato da CBF com a Nike. Dias disse que dirigentes de clubes já teriam embolsado ilegalmente pelo menos US$ 40 milhões.

Não deu no "Times"
O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, no entanto, não saiu no "New York Times". Ele não teria respondido a pelo menos 12 pedidos de entrevista feitos à entidade nas últimas semanas.

Tudo azul
De volta ao Brasil, Teixeira recebe nesta semana o deputado federal Jair Meneguelli (PT-SP), que liderou a campanha pró-São Caetano, e representantes do Juventude. Hoje, o dirigente deve anunciar a oficialmente a inclusão dos dois clubes na primeira divisão do Brasileiro.

Egotrip
As negociações para a volta do São Caetano envolveram uma acirrada disputa de egos. Na CBF, ninguém gostou de o presidente da Federação Paulista, Eduardo José Farah, e de Menguelli terem se antecipado e anunciado a inclusão do São Caetano na primeira divisão sexta-feira. Teixeira chegou até a cogitar mudar de idéia.

Só no sapatinho
Vampeta, Djalminha e Emerson aproveitaram a folga nos campeonatos europeus para curtir a noite de sábado na casa noturna Terra Brasil, de propriedade do primeiro, em São Paulo. Ao som de pagode e funk, os dois foram ladeados por muitas "marias-chuteiras". Ontem, os Vampeta e Emerson se apresentaram à seleção.

Ainda não
O fim do passe hoje não deve representar o fim da disputa entre o atacante Ronaldinho e o Grêmio. O jogador, que está sem contrato, quer se transferir para a França em julho, mas o clube gaúcho tem uma liminar da Justiça garantindo seus direitos sobre ele, que está com a seleção. O Grêmio não abre mão de receber pelo negócio.

Passado
Advogados entendem que o contrato de Ronaldinho foi feito antes de março de 1998, quando entrou em vigor a Lei Pelé, e que, por isso, a liminar será difícil de ser derrubada. Na mesma linha de raciocínio, todos os contratos firmados até a última sexta-feira permanecem vigorando.

Impacto
Como vem acontecendo em outras áreas, a Internet é a primeira a sentir o efeito da crise no futebol. O site do Corinthians na rede pode estar com os dias contados. O clube e seu parceiro, o fundo norte-americano HMTF, estão reduzindo custos, e o site, que tem quase um ano de vida, está na mira.

Fora do ar
Na mesma direção caminha, rumo ao fim, o site da PSN, canal de TV paga também ligado ao HMTF. O serviço na rede mundial será reduzido, com demissão de funcionários. Na última semana, quem anunciou o encerrou as atividades foi o site SportsJá!

É meu
Durante uma partida comemorativa entre a velha-guarda da Gaviões da Fiel e ex-jogadores corintianos, Basílio, autor do gol que tirou o Corinthians dos 23 anos de fila em 1977, fez uma confissão. O ex-jogador disse que mantém três relíquias daquela antológica final contra a Ponte Preta, quando o Corinthians venceu por 1 a 0.

Presente
Basílio afirma que tem a camisa que usou no jogo, o par de chuteiras e o placar da partida. Segundo ele, o placar (tábua e os números) lhe foi dado por um fanático torcedor corintiano do interior de São Paulo.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA
Do lateral-esquerdo Rubens, do Palmeiras, sobre o fim do passe, hoje:
- Para quem é famoso é bom. Para quem, como eu, está começando, é ruim.
CONTRA-ATAQUE
Pai durão

Genival e Barata, pai e filho, juiz e jogador de futebol. Figuras conhecidas em Surubim (PE), os dois sempre se destacam quando o América do Chico do Doce, time da cidade, cujo atacante é Barata, joga.
Outro dia, Genival foi escalado para apitar o jogo do filho. Ou melhor, do Chico do Doce. Preocupado com a ética, ele mal falou com seu filho pela manhã.
Logo que o jogo começou, depois de ter passado por dois marcadores, Barata foi derrubado dentro da área. O juiz, com a palma da mão voltada para cima, indicou jogada normal. Barata protestou:
- Pai, foi pênalti!
Genival rebateu:
- Pai não, cabra safado, aqui dentro eu sou o juiz.
Barata tomou um amarelo.
O jogo seguiu. Passados cerca de 15 minutos, a jogada se repetiu. Novamente, o árbitro mandou a partida seguir. Inconformado, Barata reclamou:
- Juiz ladrão. Foi pênalti.
- Respeite seu pai, cabra safado, respondeu Genival, que deu o segundo amarelo para Barata e expulsou o seu "menino".


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