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TÊNIS
Adversário de hoje em Miami jogou duas vezes mais no piso duro em 2001
Guga começa a enfrentar
ases em quadras rápidas
PAULO COBOS
ENVIADO ESPECIAL A MIAMI
Gustavo Kuerten inicia hoje,
contra o sueco Thomas Johansson, seu desafio mais duro para
continuar na liderança do ranking de entradas da ATP.
No Masters Series de Miami,
onde defende o vice-campeonato
do ano passado, ele precisa de três
vitórias e chegar, pelo menos, às
semifinais para continuar na frente do russo Marat Safin.
Nessa empreitada, começando
pelo jogo de hoje, que não teve seu
horário definido pela organização
do torneio até o fechamento desta
edição, irá enfrentar tenistas que,
na maioria esmagadora dos casos,
realizaram o dobro ou o triplo de
partidas no ano em quadras rápidas, como as que são utilizadas no
Torneio de Miami.
O brasileiro disputa contra Johansson, a quem nunca enfrentou, sua sétima partida nesse tipo
de superfície na temporada -foram três vitórias e o mesmo número de derrotas.
Seus adversários, principalmente os mais prováveis, têm
portfólios em quadras rápidas
muito mais recheados na atual
temporada.
Johansson, por exemplo, já participou de 18 jogos no piso, o preferido dos torneios norte-americanas. Nessas ocasiões, venceu 11,
contra rivais como Marat Safin e
Ievguêni Kafelnikov.
"Preciso ficar tranquilo com os
aces que ele vai me dar", disse o
brasileiro sobre uma das chaves
para uma vitória contra o sueco,
que conquistou todos os seus títulos em quadras rápidas.
Passando por Johansson, Kuerten, que tem um baixo número de
jogos nas quadras rápidas por ter
optado pela temporada de saibro
latino-americana, terá como rival
um jogador com título conquistado e excelente aproveitamento
em quadras rápidas na temporada 2001.
O australiano Mark Philippoussis, campeão em Memphis, venceu 78% dos jogos disputados na
sua superfície preferida.
O suíço Roger Federer, seu adversário no confronto que irá definir o próximo rival de Kuerten,
tem a mais larga experiência em
2001 em quadras rápidas dessa
chave em Miami -disputou 19
jogos, obteve 14 vitórias e sofreu
apenas cinco derrotas.
Nas quartas-de-final, o último
passo antes da manutenção do
primeiro lugar no ranking, o mais
provável adversário de Kuerten
seria Patrick Rafter, que já tem 16
partidas em piso rápido, com o
ótimo aproveitamento de 75%.
"Os adversários são correspondentes ao nível do torneio, que é
muito alto", disse Kuerten após
bater, na sua estréia, anteontem, o
marroquino Hicham Arazi por 2
sets a 1 (6/1, 6/7 e 6/4).
Apesar da pressão para continuar como o melhor do mundo,
tema constante para a mídia norte-americana em Miami quando
o assunto é ele, o brasileiro prefere
falar pouco.
"Para mim é indiferente ser número um, dois, três ou quatro.
Não é isso que me vai fazer mais
feliz", afirmou o único sul-americano que já terminou uma temporada no topo do ranking de entradas, que existe desde 1973.
Se na chave de Kuerten, que ainda tem o líder da Corrida dos
Campeões, Andre Agassi, a dificuldade é enorme, a outra metade
do Masters Series de Miami perdeu mais dois favoritos.
Depois de Marat Safin, eliminado logo na estréia por Juan Barcells, ontem o russo Ievguêni Kafelnikov caiu diante do argentino
Gaston Gaudio, em 2 sets a 0, com
parciais de 6/4 e 6/1.
Depois, em mais um passo da
sua decadência, Pete Sampras foi
eliminado por Andy Roddick, a
grande revelação norte-americana por 2 sets a 0 (7/6 e 6/3), que
agora enfrenta o romeno Andrei
Pavel na próxima fase.
NA TV - Kuerten x Johansson,
horário a definir, na Sportv
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