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FUTEBOL
Contra o Peru, time tem ataque pífio, marca dos jogos com o treinador
Com Leão, seleção sofre
para achar caminho do gol
DA REPORTAGEM LOCAL
A seleção brasileira mostrou
ontem que, sob o comando de
Emerson Leão, atacar virou um
grande problema para o time.
No empate contra o Peru, no
Morumbi, em 1 a 1, o time reduziu
ainda mais sua produção ofensiva
desde que o treinador assumiu a
equipe, no final do ano passado.
Em cinco jogos com o ex-goleiro no banco, o Brasil, que na próxima rodada, no dia 1º de julho,
fora de casa, enfrenta o Uruguai,
marcou apenas sete gols, média
de apenas 1,40 por encontro.
Esse número faz feio até quando
comparado com os tempos de
Wanderley Luxemburgo, quando
a seleção teve alguns dos momentos mais tristes da sua história.
Com o técnico que fracassou na
Olimpíada e perdeu para Paraguai e Chile, o time nacional marcou, em média, 2,67 gols por jogo.
Mais do que a artilharia, o que
mais preocupa na seleção de
Leão, que anotou apenas dois gols
em três partidas pelas eliminatórias sul-americanas, é o baixo número de chances criadas.
Ontem, a seleção passou a meia
hora inicial do jogo sem conseguir uma finalização sequer contra o Peru, que nas últimas duas
partidas das eliminatórias sul-americanas havia levado seis gols.
Somente aos 30min, em uma
cobrança de falta de Marcelinho
-que só levou perigo pela insegurança do goleiro Miranda-, o
Brasil ameaçou.
Depois, ainda criou outras três
chances, mas viu o Peru ficar com
a bola em boa parte do tempo,
principalmente com os deslocamentos de seus meias.
Com Leão, segundo o Datafolha, o Brasil tem média de 13 finalizações por partida nas eliminatórias, contra 15,3 dos tempos de
Wanderley Luxemburgo.
No segundo tempo, com a entrada de Juninho no lugar de Marcelinho, o Brasil teve uma performance mais próxima, mais ainda
distante, da realidade de um país
que já ganhou quatro Copas.
Com seu estilo característico,
conduzindo a bola do meio-campo até a entrada da área, o vascaíno municiava Romário e Ewerthon, o brasileiro que mais se movimentava em campo.
A suave melhora ofensiva, entretanto, deixou a defesa desprotegida, e o Peru, terceiro pior ataque do qualificatório para o Mundial de 2002, começou a ameaçar
o gol de Rogério.
A empolgação peruana, porém,
acabou com o primeiro gol do jogo, aos 21min, quando Vampeta
lançou Romário, que se livrou do
goleiro para marcar.
A vantagem não trouxe tranquilidade aos brasileiros, que cometiam seguidos erros na defesa -e
só não tinham consequências
maiores pelos erros de finalizações dos peruanos.
Com 15 minutos para o final da
partida, Leão reforçou a marcação, com a entrada do volante Mineiro no lugar de Ricardinho, e
desagradou a torcida, que chamou o treinador de burro.
A opção retranqueira de Leão
custou caro. Aos 33min, depois de
um cruzamento, o zagueiro Pajuelo marcou o gol de empate.
Com o resultado, Leão teve novamente que mudar o time para
torná-lo mais ofensivo.
Com o atacante Washington no
lugar de Vampeta, o Brasil pressionou, não marcou e ainda deixou espaços para os contra-ataques peruanos. Nos minutos finais, o Brasil não teve categoria
para furar o bloqueio na área do
Peru, que ainda perdeu duas
chances de fazer o gol da vitória.
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