DA REPORTAGEM LOCAL

A FIA discutirá hoje, em reunião do Conselho Mundial, em Paris (FRA), se a Ferrari receberá alguma punição por causa da "marmelada" no GP da Áustria de F-1, no mês passado.
A equipe italiana ordenou que o brasileiro Rubens Barrichello, que liderava a corrida, desse passagem para Michael Schumacher cruzar a linha em primeiro.
A decisão ferrarista não quebra o regulamento esportivo da F-1, que permite jogo de equipe desde que este não prejudique um terceiro piloto. No entanto, o que teria irritado os dirigentes da FIA seria a quebra do protocolo no pódio austríaco. Schumacher colocou Barrichello em seu lugar, no ponto mais alto, e deu ao brasileiro o troféu do primeiro colocado.
A justificativa da Ferrari para sua decisão é que qualquer ponto perdido poderia prejudicar a conquista do Mundial por Schumacher, atual líder com 76 pontos.
"Michael [Schumacher" quebrou a perna em 99 [o acidente custou-lhe o campeonato". Qualquer coisa poderia acontecer neste Mundial. A gente não pode correr o menor risco", disse Ross Brawn, diretor técnico da Ferrari.
No domingo, em Nurburgring (Alemanha), após a repercussão negativa da decisão na Áustria, a equipe mudou seu jogo. Desta vez, o alemão foi proibido de ultrapassar Barrichello, que obteve sua segunda vitória na F-1.
Durante os treinos na Alemanha, Bernie Ecclestone, homem-forte da F-1, teria se reunido com Schumacher e Jean Todt, diretor esportivo da Ferrari. O conteúdo da reunião não foi divulgado.