São Paulo, domingo, 26 de junho de 2005

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Alteração no estatuto gera longa jornada

DA REPORTAGEM LOCAL

A perpetuação de Carlos Arthur Nuzman na presidência do COB por 10 anos só foi possível graças a manobras no estatuto da entidade.
Logo em seu primeiro teste diante do colégio eleitoral, em 1998, ele ganhou um "bônus".
O dirigente, sem rivais, assegurou-se no cargo até 2004. A mudança estatutária visava coincidir o pleito com o ano de realização da Olimpíada.
Após Atenas, Nuzman obteve novo mandato, até 2008. Protegido pelas normas que criou, agora, hegemônico, vislumbra manter seu grupo no poder até 2012. Tudo porque quem quiser tentar a presidência precisa ser membro do COB por cinco anos consecutivos.
Assim, Nuzman pode eliminar "rebeldes" do processo.
A política vai de encontro a legislação do Comitê Olímpico Internacional. Na entidade, o limite de permanência no poder é 12 anos. A China, país que mais cresceu no esporte nos últimos anos, por exemplo, teve três presidentes desde 1995.
A nova ação de Nuzman agora é o corpo-a-corpo no Congresso para manter a perpetuação dos dirigentes. O limite de mandato, cogitada na Lei Pelé, foi aprovada na comissão que trabalha o Estatuto do Desporto e deve ir a plenário. (GR E ML)


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