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Alteração no estatuto gera longa jornada
DA REPORTAGEM LOCAL
A perpetuação de Carlos Arthur Nuzman na presidência
do COB por 10 anos só foi possível graças a manobras no estatuto da entidade.
Logo em seu primeiro teste
diante do colégio eleitoral, em
1998, ele ganhou um "bônus".
O dirigente, sem rivais, assegurou-se no cargo até 2004. A
mudança estatutária visava
coincidir o pleito com o ano de
realização da Olimpíada.
Após Atenas, Nuzman obteve novo mandato, até 2008.
Protegido pelas normas que
criou, agora, hegemônico, vislumbra manter seu grupo no
poder até 2012. Tudo porque
quem quiser tentar a presidência precisa ser membro do COB
por cinco anos consecutivos.
Assim, Nuzman pode eliminar "rebeldes" do processo.
A política vai de encontro a
legislação do Comitê Olímpico
Internacional. Na entidade, o
limite de permanência no poder é 12 anos. A China, país que
mais cresceu no esporte nos últimos anos, por exemplo, teve
três presidentes desde 1995.
A nova ação de Nuzman agora é o corpo-a-corpo no Congresso para manter a perpetuação dos dirigentes. O limite de
mandato, cogitada na Lei Pelé,
foi aprovada na comissão que
trabalha o Estatuto do Desporto e deve ir a plenário.
(GR E ML)
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