São Paulo, sexta-feira, 26 de julho de 2002

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FUTEBOL

Empolgado com triunfo sobre Olimpia, time idealiza final do Mundial

São Caetano disfarça, mas já pensa no Real Madrid

Rivaldo Gomes/'Diário do Grande ABC'
Aílton, autor do gol da vitória sobre o Olimpia, e Robert, na chegada do São Caetano a São Paulo


RODRIGO BERTOLOTTO
ENVIADO ESPECIAL A ASSUNÇÃO

EDUARDO ARRUDA
DA REPORTAGEM LOCAL

Por mais que tente disfarçar, o São Caetano voltou de Assunção com a cabeça no Japão. Mais especificamente em Yokohama, cidade onde o Brasil conquistou o pentacampeonato na Copa-2002 e que abrigará a decisão do Mundial interclubes, em dezembro.
A vitória por 1 a 0, anteontem, sobre o Olimpia, no primeiro jogo da final da Taça Libertadores deixou o time do ABC eufórico.
Embora queiram evitar o clima de "já ganhou", muitos já pensam em enfrentar o Real Madrid, o atual campeão da Europa.
Até a diretoria do clube do ABC já se mobiliza para um iminente confronto com os espanhóis no fim do ano. Mesmo negando que exista um "Projeto Yokohama", diz que vai reforçar o time, com pelo menos dois jogadores.
Um deles, inclusive, já foi definido: o atacante Adhemar, 30, que defendeu o clube do ABC na campanha do vice-campeonato da Copa João Havelange, em 2000.
O jogador, que estava no Stuttgart (ALE), ficará no time paulista por pelo menos seis meses. Adhemar, artilheiro da Copa JH, com 22 gols, só aguarda a chegada de um emissário do São Caetano à Alemanha para retornar ao país.
Para voltar ao clube, aceitou uma redução em seu salário.
O presidente do São Caetano, Nairo Ferreira de Souza, que negou que vá montar um time de aluguel caso a equipe chegue ao Mundial, disse que está "muito próximo" de renovar os contratos do lateral Rubens Cardoso e do meia Robert, cujos direitos federativos pertencem ao Santos.
""Vai ser muito estranho se eu voltar para o Santos e assistir ao São Caetano com o Real Madrid pela TV", afirmou o lateral, manifestando seu desejo de permanecer no clube do ABC.
Confiante em sua permanência, o meia Robert também já imagina uma decisão com o milionário time do francês Zidane e do brasileiro Roberto Carlos.
""Vão ser 11 contra 11, e vamos deixar o salário do lado de fora. O título da Libertadores vai dar uma rebuscada no meu currículo. Será muito importante", afirmou.
"Depois da Copa do Mundo, O Mundial será a competição mais importante, e o Brasil estará lá representado pelo São Caetano."
Para que o São Caetano se credencie para a disputa com o Real Madrid há mais um obstáculo: o jogo de volta da Taça Libertadores da América, contra o Olimpia, na próxima quarta-feira, no Pacaembu, onde joga pelo empate -se perder por um gol de diferença a decisão é nos pênaltis.
Rotulado de eterno vice-campeão, o técnico Jair Picerni tratou de conter o entusiasmo de seus comandados. Disse que, primeiro, o clube precisa concluir o "Projeto Pacaembu".
"Precisamos do apoio dos torcedores contra o Olimpia. Assim, o título ficará ainda mais próximo do São Caetano. Aí poderemos encarar um Real Madrid na final do Mundial interclubes. Seria formidável para o país."



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