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AUTOMOBILISMO
Brasileiro terá carro reserva à disposição
Barrichello "privilegiado" tem pela frente circuito alemão reformado
FÁBIO SEIXAS
ENVIADO ESPECIAL A HOCKENHEIM
No novo traçado de Hockenheim, Rubens Barrichello começa hoje a desfrutar um novo status
na Ferrari. Com o título da temporada já assegurado por seu
companheiro, Michael Schumacher, o brasileiro passa a contar
com atenção extra da escuderia.
O primeiro resultado prático foi
anunciado ontem pelo alemão:
"Uma das coisas que decidimos é
que Rubens terá o carro reserva a
partir de agora". Assim, o brasileiro passa a ter vantagem sobre
Schumacher em caso de quebra.
O objetivo da Ferrari é que o
brasileiro termine o ano como vice-campeão. Faltando seis corridas para o fim do campeonato, ele
é o terceiro no Mundial, com 32
pontos, dois a menos que o colombiano Juan Pablo Montoya.
Barrichello foi pego de surpresa
com o "presente". Excepcionalmente, ontem ele não participou
da reunião pré-corrida da Ferrari.
"Não estava sabendo disso. Não
estava na reunião", declarou.
Após o GP da França, o brasileiro passou os últimos dias descansando em Faro (Portugal). E, ontem, o jatinho que o levaria para a
Alemanha apresentou problemas
técnicos e não pôde decolar.
Barrichello precisou trocar de
avião e só chegou a Hockenheim
no final da tarde, após a reunião
ferrarista e a entrevista da FIA.
E encontrou uma pista diferente
daquela em que conseguiu sua
primeira vitória, em 2000. Nos últimos meses, o traçado tradicional foi encurtado em 2,251 km, a
um custo total de US$ 60 milhões,
cerca de R$ 180 milhões.
Basicamente, o circuito perdeu
suas duas maiores retas, onde os
carros atingiam seus picos de velocidade. No treino oficial para o
GP da Alemanha de 2001, por
exemplo, o McLaren do finlandês
Mika Hakkinen chegou a 359,2
km/h antes da freada para a chicane Jim Clark, a primeira do antigo
circuito, um trecho que já não
existe no novo traçado.
"Não sei direito o que vamos
encontrar aqui. Vi algumas fotos
e acho que teremos pelo menos
um ponto a mais para ultrapassagens", declarou. "Vivemos em
um mundo de mudanças. Só no
treino livre de amanhã [hoje, a
partir das 6h de Brasília" vamos
conhecer essa pista pra valer."
Uma coisa é certa: o circuito ficará mais lento. No antigo traçado, a cada volta (cerca de
1min38s), os pilotos ficavam com
o pé no fundo do acelerador por
1min01s. Pelas simulações da Wil-liams, a aceleração plena, agora,
vai chegar a 47 segundos.
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