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São Paulo, sábado, 26 de julho de 2003

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FUTEBOL

Com Alex, 1,88 m, e Luisão, 1,92 m, equipe olímpica tem média de apenas 0,75 gol sofrido por jogo na Copa Ouro

Zaga de gigantes protege a seleção sub-23

PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Ponto fraco nas desastrosas campanhas do país nas últimas duas Olimpíadas, a zaga da nova seleção sub-23 do Brasil cresceu e já começa a se destacar.
Amanhã, às 14h, na decisão da Copa Ouro contra o México (que eliminou a Costa Rica), Alex, 21, e Luisão, 22, têm mais uma chance de mostrar que para zagueiro tamanho pode ser documento.
São raras as equipes em qualquer canto do planeta com uma zaga tão alta. Alex tem 1,88 m, e Luisão bate no 1,92 m.
Nenhuma seleção brasileira recente, seja principal ou olímpica, teve uma dupla ou um trio de zagueiros com tal média de altura (1,90 m). Na conquista do pentacampeonato, por exemplo, a estatura média de Roque Júnior, Edmílson e Lúcio era de 1,86 m.
Grandes e, até agora, seguros, Alex e Luisão comandam uma marcação que garante números defensivos ótimos para o time.
Nos quatro jogos que fez na Copa Ouro, o Brasil foi vazado apenas três vezes (média de 0,75 por partida). No início do ano, quando só Luisão estava na equipe, o time sub-23 jogou um torneio amistoso no Qatar e ficou longe da performance atual.
Nas cinco vezes que entrou em campo naquela competição, a equipe sofreu seis gols, média de 1,20 por confronto.
Reunidos novamente para a disputa da Copa Ouro, Luisão e Alex começaram a carreira no mesmo clube: o Juventus, pequeno time da zona leste da capital paulista. O primeiro saiu de lá para o Cruzeiro em 2000, enquanto Alex foi para o Santos em definitivo na temporada passada.
Em comum, os dois têm também um estilo muito disciplinado. Nos 36 jogos que já disputou por Brasileiros, Alex nunca foi expulso e só foi advertido com o cartão amarelo em quatro oportunidades. Luisão tem números parecidos nas últimas duas edições do Nacional -em 35 partidas, não foi expulso e levou seis amarelos.
Um pouco mais rodado, Luisão já teve o gosto de também servir a seleção principal -foi convocado por Carlos Alberto Parreira, que o elogiou bastante nos jogos amistosos contra China e Portugal no primeiro semestre.
Ontem, o Brasil viajou de Miami, onde disputou as últimas duas partidas, para a altitude da Cidade do México. O técnico Ricardo Gomes, que vai manter na decisão a mesma formação das vitórias sobre EUA e Colômbia, só vai realizar um treino leve hoje.
A principal preocupação do treinador e da comissão técnica, além dos quase 2.300 m da capital mexicana, é o forte calor previsto para o horário da decisão.


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