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FUTEBOL
Com Alex, 1,88 m, e Luisão, 1,92 m, equipe olímpica tem média de apenas 0,75 gol sofrido por jogo na Copa Ouro
Zaga de gigantes protege a seleção sub-23
PAULO COBOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Ponto fraco nas desastrosas
campanhas do país nas últimas
duas Olimpíadas, a zaga da nova
seleção sub-23 do Brasil cresceu e
já começa a se destacar.
Amanhã, às 14h, na decisão da
Copa Ouro contra o México (que
eliminou a Costa Rica), Alex, 21, e
Luisão, 22, têm mais uma chance
de mostrar que para zagueiro tamanho pode ser documento.
São raras as equipes em qualquer canto do planeta com uma
zaga tão alta. Alex tem 1,88 m, e
Luisão bate no 1,92 m.
Nenhuma seleção brasileira recente, seja principal ou olímpica,
teve uma dupla ou um trio de zagueiros com tal média de altura
(1,90 m). Na conquista do pentacampeonato, por exemplo, a estatura média de Roque Júnior, Edmílson e Lúcio era de 1,86 m.
Grandes e, até agora, seguros,
Alex e Luisão comandam uma
marcação que garante números
defensivos ótimos para o time.
Nos quatro jogos que fez na Copa Ouro, o Brasil foi vazado apenas três vezes (média de 0,75 por
partida). No início do ano, quando só Luisão estava na equipe, o
time sub-23 jogou um torneio
amistoso no Qatar e ficou longe
da performance atual.
Nas cinco vezes que entrou em
campo naquela competição, a
equipe sofreu seis gols, média de
1,20 por confronto.
Reunidos novamente para a
disputa da Copa Ouro, Luisão e
Alex começaram a carreira no
mesmo clube: o Juventus, pequeno time da zona leste da capital
paulista. O primeiro saiu de lá para o Cruzeiro em 2000, enquanto
Alex foi para o Santos em definitivo na temporada passada.
Em comum, os dois têm também um estilo muito disciplinado. Nos 36 jogos que já disputou
por Brasileiros, Alex nunca foi expulso e só foi advertido com o cartão amarelo em quatro oportunidades. Luisão tem números parecidos nas últimas duas edições do
Nacional -em 35 partidas, não
foi expulso e levou seis amarelos.
Um pouco mais rodado, Luisão
já teve o gosto de também servir a
seleção principal -foi convocado por Carlos Alberto Parreira,
que o elogiou bastante nos jogos
amistosos contra China e Portugal no primeiro semestre.
Ontem, o Brasil viajou de Miami, onde disputou as últimas duas
partidas, para a altitude da Cidade
do México. O técnico Ricardo Gomes, que vai manter na decisão a
mesma formação das vitórias sobre EUA e Colômbia, só vai realizar um treino leve hoje.
A principal preocupação do
treinador e da comissão técnica,
além dos quase 2.300 m da capital
mexicana, é o forte calor previsto
para o horário da decisão.
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