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Saltadora perde o sono e pede bolo
do enviado a Winnipeg
Ela tentou dormir, mas a
excitação pela conquista da
medalha de ouro, horas antes, não permitiu.
Maurren Maggi (23 anos,
1,73 m e 62 kg) ficou falando
ao telefone com a família,
que vive em São Carlos, no
interior de São Paulo.
"Mãe, foi ouro. Quem taí?
Espero bolo de morango
com brigadeiro quando chegar em casa. Chama o pai.
Pai, é ouro. Eu amo vocês."
Depois, às 2h da madrugada de ontem, ela tentou dormir novamente, mas o sono
não veio.
"Eu ria muito. Batia com
as mãos na parede. Às 7h saí
do alojamento. Passei a receber os cumprimentos e percebi que tinha mesmo conquistado o ouro."
Sempre carregando um
cachorrinho de pelúcia, que
ela chama de Leão, um amuleto da sorte, Maurren volta
a competir neste Pan-Americano na quarta-feira, nas
eliminatórias dos 100 m com
barreiras, a outra prova na
qual tem o recorde sul-americano (13s05). A final da
prova é no dia seguinte.
Mas o técnico de Maurren,
Nélio Moura, já adiantou: a
prova de quarta-feira será a
última da atleta na especialidade, este ano.
Maurren não "queimou"
nenhum dos seis saltos
-pela ordem: 6,56 m, 6,42
m, 6,53 m, 6,51 m, 6,59 m e
6,57 m. Antes do último, já
com a vitória assegurada, ela
quebrou o ritual: pediu palmas ritmadas aos torcedores
na hora de saltar.
"Prefiro silêncio e concentração mental naquilo que
vou fazer. Mas mudei porque ali a medalha já era minha, não corria mais risco",
declarou Maurren.
Depois do salto, ela pegou
a bandeira brasileira e ficou
pulando de emoção. Retribuiu os aplausos canadenses
também balançando uma
bandeira do país que pegou
na arquibancada.
(EA).
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