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TÊNIS
Recordista de títulos de Grand Slam e "100% contente", americano se emociona em sua cerimônia de adeus às quadras
Sampras diz não ter mais nada a provar
ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK
Pete Sampras deixou ontem à
noite o tênis e uma carreira que
mudou bastante o esporte.
Ele anunciou sua decisão numa
cerimônia em Flushing Meadows,
o mesmo lugar onde, 13 anos
atrás, ele conquistara o primeiro
de seus 14 títulos de Grand Slam
-o recorde histórico.
"Estou me aposentando porque
não tenho mais nada a provar para mim. Estou 100% contente",
explicou Sampras, para quase se
corrigir em seguida: "Sentirei falta
de jogar, de competir, de ir à final
em Wimbledon ou aqui".
Quem explica a diferença que a
era Sampras representa dentro
das quadras é Gustavo Kuerten:
"É um cara que representa uma
evolução. Essa potência com que
estão jogando hoje começou naqueles anos em que ele preponderou. [Sampras] começou a diferenciar o tênis. Nesse ambiente do
vestiário, onde vivem os jogadores, ele é muito respeitado".
Na cerimônia, aliás, John McEnroe falou isso diretamente ao homenageado, que chorou bastante:
"Metade dos caras nos vestiários
o idolatra. A outra metade quer
jogar como você".
Fora das quadras, Sampras, 32,
é também o rosto de um período
de profissionalização sem igual
no tênis. A ATP (Associação dos
Tenistas Profissionais) fez questão de ressaltar que ela e Sampras
"nasceram" juntos em 1990.
"Sua paixão pela excelência e
dedicação ao sucesso fazem dele
um atleta modelo, que será festejado por gerações", afirma o presidente da ATP, Mark Miles.
Se Bjong Borg, Jimmy Connors
e McEnroe tornaram-se muito
populares no tênis, Sampras conseguiu ir além disso -e colocou o
nome de um tenista em listas que
têm, a depender da preferência,
Pelé, Jordan e Tiger Woods.
"Pete Sampras definiu o padrão
para a sua geração de jogadores e
para as seguintes", afirma Alan
Schwartz, o presidente da USTA,
que organiza o Aberto.
Com a aposentadoria de Sampras e a carreira de Andre Agassi
perto do final, os americanos discutem se alguém vai ocupar seu
lugar. As apostas caem sobre
Andy Roddick, 20. "Ele é o principal candidato, mas os EUA não
vão se satisfazer com um resultado ou outro", aponta Guga.
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