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São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

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TÊNIS

Recordista de títulos de Grand Slam e "100% contente", americano se emociona em sua cerimônia de adeus às quadras

Sampras diz não ter mais nada a provar

ROBERTO DIAS
DE NOVA YORK

Pete Sampras deixou ontem à noite o tênis e uma carreira que mudou bastante o esporte.
Ele anunciou sua decisão numa cerimônia em Flushing Meadows, o mesmo lugar onde, 13 anos atrás, ele conquistara o primeiro de seus 14 títulos de Grand Slam -o recorde histórico.
"Estou me aposentando porque não tenho mais nada a provar para mim. Estou 100% contente", explicou Sampras, para quase se corrigir em seguida: "Sentirei falta de jogar, de competir, de ir à final em Wimbledon ou aqui".
Quem explica a diferença que a era Sampras representa dentro das quadras é Gustavo Kuerten: "É um cara que representa uma evolução. Essa potência com que estão jogando hoje começou naqueles anos em que ele preponderou. [Sampras] começou a diferenciar o tênis. Nesse ambiente do vestiário, onde vivem os jogadores, ele é muito respeitado".
Na cerimônia, aliás, John McEnroe falou isso diretamente ao homenageado, que chorou bastante: "Metade dos caras nos vestiários o idolatra. A outra metade quer jogar como você".
Fora das quadras, Sampras, 32, é também o rosto de um período de profissionalização sem igual no tênis. A ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) fez questão de ressaltar que ela e Sampras "nasceram" juntos em 1990.
"Sua paixão pela excelência e dedicação ao sucesso fazem dele um atleta modelo, que será festejado por gerações", afirma o presidente da ATP, Mark Miles.
Se Bjong Borg, Jimmy Connors e McEnroe tornaram-se muito populares no tênis, Sampras conseguiu ir além disso -e colocou o nome de um tenista em listas que têm, a depender da preferência, Pelé, Jordan e Tiger Woods.
"Pete Sampras definiu o padrão para a sua geração de jogadores e para as seguintes", afirma Alan Schwartz, o presidente da USTA, que organiza o Aberto.
Com a aposentadoria de Sampras e a carreira de Andre Agassi perto do final, os americanos discutem se alguém vai ocupar seu lugar. As apostas caem sobre Andy Roddick, 20. "Ele é o principal candidato, mas os EUA não vão se satisfazer com um resultado ou outro", aponta Guga.


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