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SAIBA MAIS
Só Roland Garros mancha carreira de ex-jogador
DE NOVA YORK
Pete Sampras decerto tem
argumentos de sobra para
dizer, em qualquer debate,
que foi o melhor tenista de
todos os tempos.
Pode argumentar que ninguém ganhou mais Grand
Slams. Foram 14 troféus: 7
de Wimbledon, 5 do Aberto
dos EUA e 2 do Aberto da
Austrália. Pulverizou uma
marca que perdurava desde
1967 -antes da era profissional-, quando o australiano Roy Emerson levantou
sua 12ª taça. "Esse recorde
era muito importante para
mim", disse Sampras ontem.
Ele ainda poderia lembrar
que nenhum jogador foi
mais vezes (seis) campeão
da temporada. Ao longo dos
anos, foi quem mais empo
ocupou o posto de primeiro
do mundo: 286 semanas, 16
a mais que Ivan Lendl.
Outro argumento seria a
tabela histórica de premiação do tênis, na qual Sampras aparece novamente em
primeiro, com US$ 43 milhões. Nesse item, aliás, a diferença a seu favor é gritante:
o segundo, Andre Agassi, levou US$ 27 milhões.
Mas Agassi e outros quatro
jogadores têm sobre Sampras uma vantagem: conseguiram vencer todos os quatro torneios do Grand Slam,
o supremo desafio do tênis.
Sampras falhou sempre no
Aberto da França, o único
no saibro, o mais lento dos
pisos, situação que não favorece seu jogo de força. "É um
desapontamento não ter
vencido em Paris", disse.
Mas Sampras aproveitou
sua despedida para dizer
também que o debate não o
apetece. "É difícil comparar
os anos 90 com os anos 60 e
os anos 40. Não sei se há um
melhor de todos os tempos.
Às vezes eu sentia que estava
jogando muito perto do tênis perfeito. Mas não direi
que eu sou o maior."
(RD)
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