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São Paulo, terça-feira, 26 de agosto de 2003

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Só Roland Garros mancha carreira de ex-jogador

DE NOVA YORK

Pete Sampras decerto tem argumentos de sobra para dizer, em qualquer debate, que foi o melhor tenista de todos os tempos.
Pode argumentar que ninguém ganhou mais Grand Slams. Foram 14 troféus: 7 de Wimbledon, 5 do Aberto dos EUA e 2 do Aberto da Austrália. Pulverizou uma marca que perdurava desde 1967 -antes da era profissional-, quando o australiano Roy Emerson levantou sua 12ª taça. "Esse recorde era muito importante para mim", disse Sampras ontem.
Ele ainda poderia lembrar que nenhum jogador foi mais vezes (seis) campeão da temporada. Ao longo dos anos, foi quem mais empo ocupou o posto de primeiro do mundo: 286 semanas, 16 a mais que Ivan Lendl.
Outro argumento seria a tabela histórica de premiação do tênis, na qual Sampras aparece novamente em primeiro, com US$ 43 milhões. Nesse item, aliás, a diferença a seu favor é gritante: o segundo, Andre Agassi, levou US$ 27 milhões.
Mas Agassi e outros quatro jogadores têm sobre Sampras uma vantagem: conseguiram vencer todos os quatro torneios do Grand Slam, o supremo desafio do tênis.
Sampras falhou sempre no Aberto da França, o único no saibro, o mais lento dos pisos, situação que não favorece seu jogo de força. "É um desapontamento não ter vencido em Paris", disse.
Mas Sampras aproveitou sua despedida para dizer também que o debate não o apetece. "É difícil comparar os anos 90 com os anos 60 e os anos 40. Não sei se há um melhor de todos os tempos. Às vezes eu sentia que estava jogando muito perto do tênis perfeito. Mas não direi que eu sou o maior." (RD)

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