São Paulo, quinta-feira, 26 de agosto de 2004

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PINGUE-PONGUE

Marta diz que quer a vitória, nem que saia "morta" de campo

DO ENVIADO A ATENAS

Camisa 10 da seleção feminina, estrela do Uwea, da Suécia, a meia-atacante Marta, 19, destoa das demais jogadoras do grupo. Fora de campo, anda sempre no fim do pelotão, parece desligada, alheia ao que acontece ao seu redor. No gramado, porém, é uma das mais ativas. É a atleta que mais chuta a gol, com média de 3,4 finalizações por jogo. (FSX)
 

Folha - Você parece sempre calma, tranqüila. E antes de uma final histórica como essa?
Marta -
Eu fico tranqüila. Gosto de ficar sozinha, na concentração, pensando no jogo, no que pode acontecer. Penso nos lances, planejo, mentalizo o que vou fazer no campo. Fico um pouquinho tensa antes de entrar no gramado, mas passa.

Folha - O jogo da primeira fase contra os EUA foi cheio de lances violentos. Esse será igual?
Marta -
Jogar com os EUA é sempre assim. Elas não dão mole. Naquele jogo a gente não teve muita sorte, levou muita porrada, e a árbitra prejudicou a gente. Tivemos muitas chances, não fizemos.

Folha - O que mudaria na sua vida com a medalha de ouro?
Marta -
Venho do país do futebol. Mas do futebol dos homens. E nem a seleção masculina conseguiu isso. Se ganharmos, vai marcar nossas vidas.

Folha - Você já tinha imaginado estar numa final olímpica?
Marta -
Já. Vi a Olimpíada de 2000 pela TV. Tinha 14 anos e dizia: "Na próxima vou estar lá e vou fazer diferente". Garanto que a gente vai dar o máximo, nem que tenha que sair morta de campo, carregada.


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