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Pacaembu custa o dobro ao Palmeiras
Com Parque Antarctica fechado, clube gasta R$ 60 mil por jogo para atuar, como hoje, no estádio municipal
RENAN CACIOLI
DE SÃO PAULO
Ainda sem previsão do início das reformas em seu estádio, o Palmeiras continua pagando o dobro para utilizar o
Pacaembu, a exemplo de hoje, quando vai receber o Atlético-GO a partir das 21h.
Desde que se despediu do
Parque Antarctica, no dia 22
de maio -depois disputou só
um amistoso, contra o Boca
Juniors-, o clube atuou seis
vezes no estádio municipal.
De acordo com o diretor financeiro do clube, Francisco
Busico, cada partida na nova
casa tem custado aproximadamente R$ 60 mil, levando-
-se em conta só as despesas
com taxas administrativas.
"No Palestra, gastávamos
em torno de R$ 30 mil por jogo", comparou Busico.
Mas, em determinados jogos, o custo no Pacaembu é
ainda maior, conforme levantamento feito pela reportagem, que analisou os boletins financeiros das partidas.
Contra o Botafogo, apenas
o aluguel do campo saiu por
R$ 62,5 mil. Somados os demais gastos,o jogo custou
mais de R$ 211 mil.
"A taxa de administração
varia conforme o horário.
Partidas noturnas custam
mais caro", disse o diretor.
Por outro lado, as médias
de arrecadação do Palmeiras
na tradicional casa corintiana têm girado na casa dos R$
222 mil, montante não muito
distante do somado nos confrontos em seu estádio.
Nas duas exibições que fez
no Parque Antarctica neste
Brasileiro, a renda líquida foi
de cerca de R$ 246 mil.
Na opinião de Busico, o
problema maior não é nem o
econômico, mas o cultural.
"O torcedor prefere o Palestra, é a casa do clube. Se soubéssemos que as obras do
campo podiam ser prorrogadas...", lamentou-se ele.
Busico referiu-se ao atraso
nas reformas que visam
transformar o Parque Antarctica em uma arena multiuso.
O clube se deparou com
duas ações, uma delas movida pelo Ministério Público. A
Promotoria de Habitação
questionou prefeitura, Palmeiras e WTorre (responsável pela obra) sobre se houve
estudo prévio de impacto de
vizinhança, necessário em
obras de grande porte.
De acordo com o diretor de
planejamento do Palmeiras,
José Cyrillo Júnior, as questões já foram respondidas pelo clube e pela empreiteira,
mas ainda não houve resposta dos promotores públicos.
A Câmara Técnica do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento
Sustentável também está
analisando o projeto. É apenas depois da aprovação dela que o clube conseguirá o
alvará da prefeitura.
"Estamos respondendo o
que dá. Não tenho como saber quantas pessoas em média irão aos jogos", disse
Cyrillo Júnior. Hoje, a arena
do Palmeiras é o Pacaembu.
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