São Paulo, sexta-feira, 26 de outubro de 2001

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PAINEL FC

Preleção
Antes de depor à CPI do Futebol ontem de manhã, Eduardo José Farah jantou na noite anterior no Piantella, famoso restaurante de Brasília, que tem como um dos donos Antônio Carlos de Almeida Castro, advogado de Ricardo Teixeira. O presidente da FPF e da Liga Rio-SP dividiu a mesa com Eurico Miranda.

Platéia própria
Farah circulou pela capital federal acompanhado de uma trupe composta por assessores e executivos da federação -como Reynaldo Carneiro Bastos. Todos assistiram ao depoimento do dirigente no Senado e suspiravam indignados quando o relator, Geraldo Althoff (PFL-SC), pressionava o dirigente.

Novo depoimento
Mais um nome surgiu ontem na lista de novos convocados pela comissão do Senado. Os parlamentares querem ouvir agora Julio Mariz, executivo de TV que participou da organização do 1º Mundial de Clubes da Fifa, realizado em janeiro do ano passado, no Brasil.

Minissaia
O atacante Ronaldo achou que ia ser salvo por Luiz Felipe Scolari da saia justa em que se meteu ao prometer participar das despedidas de Raí e Maradona, marcadas para o mesmo dia -10 do mês que vem. Tinha certeza de que na data estaria na seleção brasileira, mas não foi convocado pelo técnico.

Mercado fraco
A Globo Esportes creditou o fraco desempenho da seleção brasileira nas eliminatórias ao aparente desinteresse das TVs do Brasil pelo direito de transmitir a Copa do Mundo de 2002. Até ontem, a Globo, dona exclusiva da transmissão no país, não havia conseguido vender o Mundial para outras emissoras.

Papéis trocados
Luiz Felipe Scolari foi à forra. Disse que tem certeza de que Ricardo Teixeira estará na Copa do Mundo como presidente da CBF no ano que vem. Duas semanas atrás, era o dirigente quem garantia que o técnico estaria no Mundial.

Missão cumprida
Se Teixeira realmente sair, como quer o governo federal, Scolari deverá pôr seu cargo à disposição, já que foi escolhido pelo dirigente em junho. O técnico disse a amigos que pode tomar a decisão logo após o jogo contra a Bolívia, dia 7, em caso de vitória do Brasil. O resultado praticamente classificaria a seleção.

Novos tempos
Kléber Leite, ex-presidente do Flamengo, vai assumir todas as operações comerciais e de marketing da Traffic, que rompeu recentemente o seu contrato de parceria com a CBF.

Ponte aérea
O empresário carioca foi convidado por J. Hawilla para ser o seu vice-presidente. De mudança para São Paulo, Leite manterá em atividade a sua empresa, a Klefer, também de marketing esportivo, no Rio.

O clone
O presidente do São Paulo, Paulo Amaral, passou a ser chamado de Marco Maciel do Morumbi após garantir o cargo de secretário-geral da Liga Rio-SP. Quieto, ele conseguiu a função mais importante depois da presidência, que será ocupada por Eduardo José Farah.

O clone 2
Farah chegou a dizer a Amaral que ele vai assumir um cargo correspondente ao de secretário-geral da Fifa. Sem comparecer à reunião da Liga no Rio, o presidente são-paulino teria desdenhado a possibilidade de ser conselheiro da entidade.

Lápis...
A assessoria de Amaral diz que o dirigente só assinou anteontem o contrato da Liga, após a reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo, na noite anterior, embora a autorização não tivesse sido votada pelos conselheiros por questão de ordem.
...e borracha
O presidente do São Paulo foi obrigado a fazer uma ressalva. A assinatura não terá validade se não houver aprovação na próxima reunião dos conselheiros.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Wanderley Luxemburgo sobre a revolta de Ricardinho por ter sido hostilizado pela torcida corintiana na saída do Morumbi domingo passado:
- Se não está feliz, pode sair. Quem não aguenta pressão, que vá jogar na Catanduvense.

CONTRA-ATAQUE

Em busca de um nome

O atacante Rodrigo Fabri renegou o sobrenome pelo qual se tornou conhecido na Europa ao se apresentar ao seu novo clube, o Grêmio, anteontem.
Quis voltar a ser simplesmente o Rodrigo dos tempos de Lusa (1994/1996) e Flamengo (1997).
Uma questão de numerologia? Essa foi a primeira impressão de seus companheiros de equipe, uma vez que, como Rodrigo Fabri, o jogador não conseguiu se destacar na Espanha -Real Madrid (1998) e Valladolid (1999)- nem em Portugal -Sporting (1999/2000).
O atacante explicou: busca um sobrenome italiano para requerer um passaporte que lhe permita trabalhar na Comunidade Européia sem que seja considerado atleta estrangeiro.
Luizão, do Corinthians, usou o mesmo artifício para obter cidadania italiana. Adotou o sobrenome de um antepassado.
Rodrigo disse que, ao fazer uma pesquisa para tirar o novo passaporte, descobriu que seu bisavô trocou de sobrenome ao chegar ao Brasil. Agora, sua missão é descobrir nos cartórios como se chamará futuramente.



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