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BASQUETE
Prospecção
MELCHIADES FILHO
EDITOR DE ESPORTE
Shaquille O'Neal trocou
os holofotes de Hollywood pelo brilho da gomalina do manager Pat Riley e acendeu os sonhos
do Miami. Mas a quadra parece
pequena para a dupla com Dwayne Wade, tão promissora no papel, posto que tanto o consagrado
pivô como o jovem armador brilham na mesma área, sob a cesta.
Finalmente o Dallas conseguiu
um gigante de respeito para os
garrafões: Erick Dampier, ex-Golden State. Mas, ao mesmo tempo,
disse adeus a Steve Nash, o maestro que retirou o clube da lama.
O armador certamente dará
uma direção ao Phoenix. Mas o
time do brasileiro Leandrinho segue coalhado de atletas de perímetro, sem força para os rebotes.
É o oposto da equipe de outro
brasileiro, o Denver, de Nenê, que
aumentou a coleção de jogadores
de força com a aquisição de Kenyon Martin, ex-New Jersey, mas
não supriu a carência de um bom
arremessador de longa distância.
O Indiana espera problemas no
vestiário. O ala cabeça quente
Ron Artest, o melhor marcador
da NBA, soube que foi leiloado
pela diretoria e voltou sua fúria
até para o ala-pivô Jermaine
O'Neal, o mais bem pago do time.
A cúpula do Sacramento, cansada de um elenco que não desencanta, decidiu economizar e dispensou o bom-humor e os bons
passes do sérvio Vlade Divac. O
conterrâneo Peja Stojakovic, o
melhor chute da liga, não gostou e
pediu para ser negociado.
Mais preocupados em mover a
franquia para o Brooklin, os novos donos arruinaram o New Jersey ao permitir a saída de Martin.
O contra-ataque, trunfo da equipe, perdeu seu finalizador; o armador Jason Kidd, ainda por cima machucado, o entusiasmo.
Motivação não faltará a Kobe
Bryant, obcecado em desmentir a
importância de Shaq no LA Lakers. Resta saber se terá fôlego para carregar o time por todo o torneio, uma vez que Lamar Odom e
Brian Grant, os reforços, não primam pela excelência física.
Outro grupo repaginado será o
do New York, turbinado com a
contratação de Jamal Crawford
(ex-Chicago) e a recuperação de
Allan Houston, artilheiros natos.
O problema é que não sobrou
ninguém que goste de defender.
Como amansar, aliás, a sanha
ofensiva do recém-contratado
Tracy McGrady dentro de um esquema que privilegia a altura, a
habilidade e a lentidão do pivô
chinês Yao Ming é o desafio da
comissão técnica do Houston.
Já o ala-pivô Antonio McDyess,
ex-Phoenix, encaixa-se bem no
perfil operário do Detroit. Mas
muitos duvidam que o treinador
cricri Larry Brown consiga reeditar a harmonia tática que proporcionou o título de 2003/2004.
Por fim, a situação contratual
em aberto de Sam Cassell e Latrell
Sprewell ameaça estragar o ambiente do Minnesota. Os armadores já reclamaram aumento.
Quem desponta da mais mexida pré-temporada da história da
NBA é paradoxalmente o plácido
San Antonio Spurs, que manteve
o trio Tim Duncan-Emanuel Ginóbili-Tony Parker e assinou com
o versátil Brent Barry, uma equipe tão previsível quanto a previsão deste colunista de que ela levará o campeonato.
Gema 1
Os amistosos servem para pouca coisa, só para definir aqueles reservas que tomarão conta do agasalho dos titulares. Dito isso, palmas
para Anderson Varejão, que surpreendeu o Cleveland com sua vitalidade e fez a melhor pré-temporada dos cinco brasileiros da NBA.
Gema 2
Pelo jeito, à mais brasileira NBA restarão a ESPN e o pay-per-view.
Gema 3
Isis, 21, acaba de trocar o vôlei pelo basquete. Ótima notícia para o
furreca Nacional, que agora tem tudo para testemunhar a primeira
enterrada de uma mulher. As estufadas da garota de 2,02 m, filha de
Jóia, ex-jogador da seleção, já divertem as colegas do Ourinhos.
E-mail melk@uol.com.br
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