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Atleta do Flu provoca saia justa no Palmeiras
Atrasos em pagamentos deixam atletas ansiosos
TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL
A boa campanha do Palmeiras, que ocupa a vice-liderança
do Brasileiro e vem numa arrancada rumo a uma vaga para
a Libertadores da América do
ano que vem, foi abalada ontem
pela divulgação de um pré-contrato assinado com o meia
Thiago Neves, do Fluminense,
fato que chegou a ser negado
pela diretoria em nota oficial.
O clima, que já não era dos
melhores em razão dos atrasos
nos pagamentos de direitos de
imagem e de parte da premiação no Brasileiro, ficou pesado
no CT palmeirense. Antes do
treino, o elenco se reuniu com a
diretoria, que anunciou o acerto de parte das pendências
-dois meses de direitos de
imagem e parte do pagamento
dos bichos do Brasileiro. Falta
ainda um mês de imagem a ser
quitado e o restante dos bichos.
Segundo a diretoria, tudo deve
ser definido em até 15 dias.
Apesar do acerto, o zagueiro
Dininho não escondeu o desconforto que alguns atletas estavam vivendo. "A gente tem
que confiar na diretoria, mas
tranqüilo ninguém fica. O ideal
é estar sempre em dia. O atraso
incomoda. Teve jogador que ficou apreensivo. Mas o importante é que parte do dinheiro
está no banco", disse.
Se o acerto com o elenco seria motivo para acalmar o ambiente, a divulgação da assinatura de um pré-contrato com o
meia Thiago Neves (conforme
publicou o diário "Lance") colocou contra a parede a postura
da diretoria nas negociações.
"Nos sentimos muito confortáveis em esconder a situação.
A forma de atuar é uma prerrogativa nossa, mesmo que isso
possa acarretar em falta de credibilidade", afirmou o diretor
de futebol Savério Orlandi, visivelmente constrangido quando
foi questionado sobre o clube
ter se posicionado oficialmente
quanto à desistência do meia.
Orlandi declarou que a cúpula palmeirense foi pega de surpresa quando soube do acerto
de Thiago Neves com o time carioca. "Antes, fomos criticados
por falar em jogadores antes de
eles estarem fechados", defendeu-se o dirigente.
Pelo documento, a quebra
unilateral feita por Thiago Neves dá ao Palmeiras o direito de
receber R$ 2,4 milhões de multa. No entanto ele não quis falar
que rumo o clube deve tomar. A
informação de que o Palmeiras
teria antecipado R$ 400 mil ao
jogador, referentes a luvas,
também não foi confirmada
por Orlandi.
Do lado do Fluminense, Marcelo Penha, assessor da presidência, disse no site do clube
que o pré-contrato entre o Palmeiras e Neves não tem validade, porque não foi assinado seis
meses antes do término do vínculo que está em vigor.
Ontem, no treino, o dia também não foi de boas notícias. O
volante Pierre voltou a sentir
uma lesão na perna esquerda e
não deve pegar o Vasco.
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