São Paulo, sexta-feira, 26 de outubro de 2007

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Atleta do Flu provoca saia justa no Palmeiras

Atrasos em pagamentos deixam atletas ansiosos

TONI ASSIS
DA REPORTAGEM LOCAL

A boa campanha do Palmeiras, que ocupa a vice-liderança do Brasileiro e vem numa arrancada rumo a uma vaga para a Libertadores da América do ano que vem, foi abalada ontem pela divulgação de um pré-contrato assinado com o meia Thiago Neves, do Fluminense, fato que chegou a ser negado pela diretoria em nota oficial.
O clima, que já não era dos melhores em razão dos atrasos nos pagamentos de direitos de imagem e de parte da premiação no Brasileiro, ficou pesado no CT palmeirense. Antes do treino, o elenco se reuniu com a diretoria, que anunciou o acerto de parte das pendências -dois meses de direitos de imagem e parte do pagamento dos bichos do Brasileiro. Falta ainda um mês de imagem a ser quitado e o restante dos bichos. Segundo a diretoria, tudo deve ser definido em até 15 dias.
Apesar do acerto, o zagueiro Dininho não escondeu o desconforto que alguns atletas estavam vivendo. "A gente tem que confiar na diretoria, mas tranqüilo ninguém fica. O ideal é estar sempre em dia. O atraso incomoda. Teve jogador que ficou apreensivo. Mas o importante é que parte do dinheiro está no banco", disse.
Se o acerto com o elenco seria motivo para acalmar o ambiente, a divulgação da assinatura de um pré-contrato com o meia Thiago Neves (conforme publicou o diário "Lance") colocou contra a parede a postura da diretoria nas negociações.
"Nos sentimos muito confortáveis em esconder a situação. A forma de atuar é uma prerrogativa nossa, mesmo que isso possa acarretar em falta de credibilidade", afirmou o diretor de futebol Savério Orlandi, visivelmente constrangido quando foi questionado sobre o clube ter se posicionado oficialmente quanto à desistência do meia.
Orlandi declarou que a cúpula palmeirense foi pega de surpresa quando soube do acerto de Thiago Neves com o time carioca. "Antes, fomos criticados por falar em jogadores antes de eles estarem fechados", defendeu-se o dirigente.
Pelo documento, a quebra unilateral feita por Thiago Neves dá ao Palmeiras o direito de receber R$ 2,4 milhões de multa. No entanto ele não quis falar que rumo o clube deve tomar. A informação de que o Palmeiras teria antecipado R$ 400 mil ao jogador, referentes a luvas, também não foi confirmada por Orlandi.
Do lado do Fluminense, Marcelo Penha, assessor da presidência, disse no site do clube que o pré-contrato entre o Palmeiras e Neves não tem validade, porque não foi assinado seis meses antes do término do vínculo que está em vigor.
Ontem, no treino, o dia também não foi de boas notícias. O volante Pierre voltou a sentir uma lesão na perna esquerda e não deve pegar o Vasco.


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