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Comissão julga outros casos de fraude
SÉRGIO RANGEL
da Sucursal do Rio
A Comissão Disciplinar do Tribunal de Justiça Desportiva vai
julgar na segunda-feira os outros
quatro casos de ""gatos" revelados
pela Folha.
Os atacantes Sandro Hiroshi, do
São Paulo, e Anailson, do Rio
Branco de Americana (SP), e o zagueiro Bell, do Botafogo-SP, que
adulteraram os seus documentos,
poderão ser suspensos pela comissão por até 360 dias.
O lateral Henrique, do São Paulo, que também alterou a sua documentação, poderá receber a
maior suspensão. Ele corre risco
de ser punido por até 540 dias.
Hiroshi, Anailson e Bell foram
indiciados no artigo 281 do CBDF
(Código Brasileiro Disciplinar do
Futebol) -falsificar, no todo ou
em parte, documento público ou
particular, omitir declaração que
nele deveria constar, inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que deveria ser escrita,
para fim de usá-lo perante a Justiça esportiva ou entidade dirigente
do futebol.
O artigo prevê punição aos jogadores de 180 a 360 dias.
Já Henrique, além de ser indiciado no artigo 281, também foi
citado no artigo 260 -omitir no
pedido de inscrição sua veiculação a outro clube. A pena prevista
é de 90 a 180 dias.
No mês passado, a Folha revelou que os quatro jogadores atuaram pela seleção brasileira, nas
categorias de base, em competições oficiais, com documentos
nos quais as datas de nascimento
estavam adulteradas. Na gíria do
futebol, esses atletas são conhecidos como ""gatos".
Os quatro jogadores estão atualmente com os seus registros cancelados pela CBF (Confederação
Brasileira de Futebol).
Sandro Hiroshi e Anailson foram campeões sul-americanos
sub-17 pela seleção brasileira em
1997. O atacante do Rio Branco
também conquistou o Mundial
da categoria, disputado no Egito
naquele ano. Foi a primeira vez
que o Brasil conseguiu ganhar o
torneio em sua história.
O zagueiro Bell foi vice-campeão mundial em 1995.
Por fim, Henrique foi afastado
da delegação da seleção brasileira
que embarcou para a Nova Zelândia para disputar o Mundial sub-17 neste ano.
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