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Discípulo no Japão volta a se
encontrar com "mestre" Scolari
MARCILIO KIMURA
enviado especial a Tóquio
Um dos técnicos mais bem pagos do país e o treinador brasileiro mais idolatrado no Japão, Luiz
Felipe Scolari é um pão-duro, segundo o sucessor ""nipônico" do
palmeirense.
José Luís Ferreira Rodrigues, 53,
o Zeca, auxiliar de Scolari na época do Grêmio e técnico do Kawazaki Frontale (filial japonesa do time gaúcho) a partir do ano que
vem, encontrou-se com seu
"mestre" ontem e teve que arcar
com todas as despesas do jantar.
""O Luiz Felipe é um pão-duro.
Ele está ganhando uma fortuna,
ficamos conversando, bebendo
até a meia-noite, e ele não pagou
nada", disse Zeca.
O ex-auxiliar, no entanto, não
tem um salário tão inferior ao do
técnico do Palmeiras. No Frontale, que neste ano garantiu sua ascensão à primeira divisão da J-League, recebe aproximadamente
US$ 30 mil (cerca de R$ 59 mil)
por mês, sem contar os ""bichos"
-US$ 4.000 por vitória.
Zeca é um dos responsáveis pela
manutenção da fama de Scolari
do outro lado do mundo. ""Tento
implantar o método dele aqui.
Eles gostam muito."
O sistema de trabalho a que se
refere é o rigor no horário, nos
treinamentos -""a disciplina total". ""Ele exige 100% do time o
tempo todo. Só que não sou tão
rígido como ele", afirma.
Não só um estilo desejado no
futebol japonês, o método Scolari
faz parte do acordo -cerca de
US$ 1 milhão por três anos- firmado entre os dois clubes.
Por ceder suas cores e seu distintivo, o Grêmio precisa enviar
um membro da comissão técnica
e dois atletas a cada temporada
para elevar o nível técnico da filial.
Líbero
No treino de ontem, Scolari testou o volante César Sampaio como líbero, mas a experiência não
agradou ao técnico. "Houve dois,
três descuidos naquela que é uma
das principais jogadas deles, que é
a bola virada da direita para a esquerda", disse Scolari.
O Palmeiras faria na madrugada de hoje (às 3h de Brasília) seu
único jogo-treino no Japão, contra o Frontale, como preparação
para o Mundial interclubes. Seria
um amistoso de três tempos de 30
minutos cada, em Yokohama.
Com a Reportagem Local
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