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Atacante é
o estopim
de disputa
da Reportagem Local
O estopim da disputa jurídica
que envolve Gama, São Paulo,
Botafogo-RJ e CBF é o jogador
Sandro Hiroshi, atacante do
clube paulista.
Por causa dele, o São Paulo
perdeu os pontos do jogo, pelo
Brasileiro-99, em que goleou o
Botafogo-RJ (6 a 1), em agosto.
O clube do Rio de Janeiro recorreu ao TJD (Tribunal de
Justiça Desportiva) alegando
que Sandro Hiroshi atuou de
maneira irregular.
Segundo o clube, o atleta se
transferiu de modo irregular
para o São Paulo.
O tribunal acatou o argumento do Botafogo-RJ, à época
ameaçado de rebaixamento, e,
com base em uma alteração
promovida pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol)
no CBDF (Código Brasileiro
Disciplinar do Futebol), transferiu os três pontos do São Paulo para o clube do Rio.
Sem esses três pontos, o Botafogo-RJ seria rebaixado à segunda divisão após o término
da primeira fase.
No lugar do time do Rio, no
entanto, foi rebaixado o Gama,
que terminou a primeira fase
na 15ª posição, com uma campanha na qual constam vitórias
sobre Palmeiras e São Paulo,
ambas na capital paulista.
Indignado, o time do Distrito
Federal, por meio do PFL, decidiu recorrer à Justiça comum.
A ação se baseou no Código
de Defesa do Consumidor e
questionou a legitimidade da
CBF para alterar o CBDF.
De acordo com o clube, por
ser uma entidade privada, a
CBF não tinha esse poder, o
que invalida a decisão do TJD a
favor do Botafogo-RJ.
A partir daí, teve início uma
guerra de liminares que só terminou com a intervenção do
STJ (Superior Tribunal de Justiça) no caso.
O Gama conseguiu uma liminar concedida pela Justiça do
DF determinando sua reinclusão na Série A. Do seu lado, o
Botafogo-RJ obteve uma liminar na Justiça do Rio legitimando a decisão do TJD.
Diante desse impasse, a CBF
recorreu ao STJ alegando um
conflito de jurisdição. A entidade dizia que não sabia a qual
decisão deveria obedecer.
Anteontem, o STJ determinou que a Justiça Federal do DF
é o foro competente para julgar
o caso.
(JAB e MD)
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