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Zinho espreita o recorde isolado de taças nacionais
Pedro Graeff/'O Tempo'
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O cruzeirense Zinho, que deve substituir Alex contra o Paysandu, olha Aristizábal e suas filhas |
Perto de seu quarto Brasileiro, meia já venceu 3 Copas do Brasil e deve bater Pelé em conquistas
EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Aos 36 anos, ele está perto de se
tornar o maior vencedor de competições nacionais da história.
Recordista de atuações no Brasileiro, o cruzeirense Zinho espreita o seu quarto título do torneio (venceu em 1992, 93 e 94) e já
soma três taças da Copa do Brasil.
Com sete títulos nacionais, superaria Pelé, que venceu a Taça Brasil em cinco oportunidades e o
Roberto Gomes Pedrosa uma vez.
Zinho disputa o Brasileiro pela
15ª vez e pode também se transformar no maior vencedor do torneio como atleta -campeão, se
igualaria a Júnior e Andrade, que
levantaram a taça quatro vezes.
Com 335 partidas no Nacional,
o meia superou o ex-corintiano
Vladimir (330 jogos) como o atleta que mais atuou na competição.
Diante do Paysandu, domingo,
no Mineirão, completará seu 336º
jogo. Com uma vitória simples, o
Cruzeiro ergue a taça do primeiro
Brasileiro por pontos corridos.
"Esse recorde [de títulos] é mais
importante ainda porque número
de jogos é só você se condicionar e
jogar. Independe de você vencer
ou não. Para conseguir o recorde
de títulos você tem que estar em
um time competitivo e ter qualidade para vencer", diz o meia.
Foi no Flamengo que Zinho começou a virar um colecionador de
títulos nacionais. Depois da Copa
do Brasil de 1990, ele ergueu em
1992 seu primeiro troféu do Brasileiro. Repetiu a dose nos dois anos
seguintes, já no Palmeiras de
Wanderley Luxemburgo.
No clube paulista, ele também
venceria uma Copa do Brasil, em
1998. O segundo torneio mais importante do país ainda foi conquistado por ele com a camisa do
Grêmio, em 2001. Esse título foi
ganho em cima de Luxemburgo.
O treinador tirou então o atleta
do Grêmio e o levou para o Parque Antarctica. Mas Luxemburgo, seduzido pelo Cruzeiro, só comandou o Palmeiras em uma
partida. O time foi rebaixado, e
Zinho caiu em desgraça no clube.
Entre os palmeirenses, foi acusado de estar acabado para o futebol. Questionado sobre a possibilidade de encerrar a carreira, disse: "Eu não estou no fim. Tenho
muita lenha para queimar".
E tinha. Em maio, brigou com o
técnico Jair Picerni e rescindiu
contrato. Foi resgatado por Luxemburgo. No Cruzeiro, recuperou a forma física. Emagreceu
quase 4 kg (74,5 kg para 70,8 kg) e
se transformou, de certa forma,
em reserva de luxo de Alex.
"O Zinho é um ponto de equilíbrio no grupo. Quando está jogando e também quando está fora. Ele faz um trabalho muito importante orientando os jovens",
afirma o superintendente de futebol do Cruzeiro, Zezé Perrella.
Zinho espera renovar o seu contrato, que vence no final do ano.
"Fico ansioso. Enquanto não somos matematicamente campeões
fica aquela ansiedade. Vivo intensamente isso. É um título importante para a minha carreira."
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