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São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

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Zinho espreita o recorde isolado de taças nacionais

Pedro Graeff/'O Tempo'
O cruzeirense Zinho, que deve substituir Alex contra o Paysandu, olha Aristizábal e suas filhas


Perto de seu quarto Brasileiro, meia já venceu 3 Copas do Brasil e deve bater Pelé em conquistas

EDUARDO ARRUDA
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

Aos 36 anos, ele está perto de se tornar o maior vencedor de competições nacionais da história.
Recordista de atuações no Brasileiro, o cruzeirense Zinho espreita o seu quarto título do torneio (venceu em 1992, 93 e 94) e já soma três taças da Copa do Brasil. Com sete títulos nacionais, superaria Pelé, que venceu a Taça Brasil em cinco oportunidades e o Roberto Gomes Pedrosa uma vez.
Zinho disputa o Brasileiro pela 15ª vez e pode também se transformar no maior vencedor do torneio como atleta -campeão, se igualaria a Júnior e Andrade, que levantaram a taça quatro vezes.
Com 335 partidas no Nacional, o meia superou o ex-corintiano Vladimir (330 jogos) como o atleta que mais atuou na competição.
Diante do Paysandu, domingo, no Mineirão, completará seu 336º jogo. Com uma vitória simples, o Cruzeiro ergue a taça do primeiro Brasileiro por pontos corridos.
"Esse recorde [de títulos] é mais importante ainda porque número de jogos é só você se condicionar e jogar. Independe de você vencer ou não. Para conseguir o recorde de títulos você tem que estar em um time competitivo e ter qualidade para vencer", diz o meia.
Foi no Flamengo que Zinho começou a virar um colecionador de títulos nacionais. Depois da Copa do Brasil de 1990, ele ergueu em 1992 seu primeiro troféu do Brasileiro. Repetiu a dose nos dois anos seguintes, já no Palmeiras de Wanderley Luxemburgo.
No clube paulista, ele também venceria uma Copa do Brasil, em 1998. O segundo torneio mais importante do país ainda foi conquistado por ele com a camisa do Grêmio, em 2001. Esse título foi ganho em cima de Luxemburgo.
O treinador tirou então o atleta do Grêmio e o levou para o Parque Antarctica. Mas Luxemburgo, seduzido pelo Cruzeiro, só comandou o Palmeiras em uma partida. O time foi rebaixado, e Zinho caiu em desgraça no clube.
Entre os palmeirenses, foi acusado de estar acabado para o futebol. Questionado sobre a possibilidade de encerrar a carreira, disse: "Eu não estou no fim. Tenho muita lenha para queimar".
E tinha. Em maio, brigou com o técnico Jair Picerni e rescindiu contrato. Foi resgatado por Luxemburgo. No Cruzeiro, recuperou a forma física. Emagreceu quase 4 kg (74,5 kg para 70,8 kg) e se transformou, de certa forma, em reserva de luxo de Alex.
"O Zinho é um ponto de equilíbrio no grupo. Quando está jogando e também quando está fora. Ele faz um trabalho muito importante orientando os jovens", afirma o superintendente de futebol do Cruzeiro, Zezé Perrella.
Zinho espera renovar o seu contrato, que vence no final do ano. "Fico ansioso. Enquanto não somos matematicamente campeões fica aquela ansiedade. Vivo intensamente isso. É um título importante para a minha carreira."


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