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TÊNIS
Para não esquecer
RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA
"Na coluna de hoje (19 de
novembro) não faltou
uma menção, pequena que fosse,
ao espetacular título conseguido
por Roger Federer em Houston?",
pergunta Christian Montresor.
Continua, Christian: "O jogo do
suíço impressiona há tempos. (...)
Federer é um jogador muito mais
completo do que [Andy] Roddick.
A grande diferença é que o garotão do saque forte é norte-americano. E (...) nascer nos EUA facilita demais a vida de um tenista...".
Ele não foi o único. Mauricio
Gangi, sempre presente na fiscalização da coluna, diz a mesma
coisa: "Já achava o Federer mais
completo que o Roddick; o Masters me deu mais certeza disso".
Aldo Dallago é outro que reclamou. Conrado Giacomini também. "Fiquei surpreso ao ler a coluna. O privilegiado com seus comentários foi o Roddick, que, evidentemente, fez por merecer. No
entanto não posso deixar de (...)
registrar minha surpresa com a
ausência absoluta de qualquer
análise sua sobre a magnífica performance de Roger Federer em
Houston", escreveu Aldo.
Então fala, Aldo: "Federer é, hoje, o mais completo jogador do
circuito. Possui todos os fundamentos e os aplica com uma qualidade admirável. E (...) tem o melhor, o mais preciso e o mais bonito movimento praticado pelos
poucos jogadores que, por sorte e
alegria de todos os admiradores
de tênis, insistem em manter vivo:
o backhand com uma mão".
O amigo Conrado não deixou
de dar bronca até. "Puxa vida,
você não falou sequer uma linha
sobre o Roger Federer!!!"
O que Conrado tem a nos dizer?
"[Federer] joga sobre a linha de
base com a mesma desenvoltura
com que joga na rede." Por fim,
deixou ainda um aviso: "Não se
engane, meu amigo: o número
um é Roddick, mas Federer é o
melhor tenista do mundo".
De fato, ninguém ganhou tantos
torneios como Federer neste ano.
Nem Andy Roddick. Foram sete,
em todos os pisos possíveis: na
grama de Wimbledon e de Halle,
no carpete indoor de Viena, no cimento de Marselha, no saibro de
Munique e Gstaad, em Dubai e
entre os melhores, no Masters em
Houston. Roddick ganhou seis.
Ninguém ganhou tanto dinheiro como Federer neste ano. Nem
Andy Roddick. Foram mais de
US$ 4 milhões, o que, pelo menos,
significa que o suíço manteve regularidade nos torneios. Foram
só duas derrotas em estréias; Roddick, note, caiu em três estréias.
Ninguém ganhou tantos jogos
como Federer neste ano. Nem
Andy Roddick. Foram 78 vitórias
na temporada. O americano ficou
nas 72 vitórias. Federer perdeu 17
jogos, e Roddick, 19. Rainer
Schuettler, o terceiro da lista, que
ganhou 71 jogos, perdeu 30.
Ninguém ganhou tantos fãs como Federer neste ano. Nem Roddick. Há um ano, poucos elegiam
o suíço como dono de um jogo bonito, quanto mais eficiente. Era
mais lembrado pela vitória sobre
Sampras em Wimbledon-2001.
Federer não é mais um tenista
do qual alguém, às vezes, se lembra. É um tenista que os leitores
desta coluna simplesmente não
deixam esquecer.
Em Melbourne
A Espanha prepara Feliciano Lopez para tentar surpreender a Austrália no gramado onde a Copa Davis será decidida. Difícil funcionar.
Pelo mundo e por aqui
Flávio Saretta anunciou calendário para o primeiro semestre. Austrália, perna sul-americana no saibro, Masters Series de Indian Wells
e Miami. Estranhamente, antes disso, o Challenger de São Paulo.
No México
Ricardo Melo ganhou, no domingo, o título do Challenger de Puebla.
Em Florianópolis
A Eletrosul Cup rola nas quadras da federação de SC até domingo.
E-mail reandaku@uol.com.br
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