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São Paulo, quarta-feira, 26 de novembro de 2003

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TÊNIS

Para não esquecer

RÉGIS ANDAKU
COLUNISTA DA FOLHA

"Na coluna de hoje (19 de novembro) não faltou uma menção, pequena que fosse, ao espetacular título conseguido por Roger Federer em Houston?", pergunta Christian Montresor.
Continua, Christian: "O jogo do suíço impressiona há tempos. (...) Federer é um jogador muito mais completo do que [Andy] Roddick. A grande diferença é que o garotão do saque forte é norte-americano. E (...) nascer nos EUA facilita demais a vida de um tenista...".
Ele não foi o único. Mauricio Gangi, sempre presente na fiscalização da coluna, diz a mesma coisa: "Já achava o Federer mais completo que o Roddick; o Masters me deu mais certeza disso".
Aldo Dallago é outro que reclamou. Conrado Giacomini também. "Fiquei surpreso ao ler a coluna. O privilegiado com seus comentários foi o Roddick, que, evidentemente, fez por merecer. No entanto não posso deixar de (...) registrar minha surpresa com a ausência absoluta de qualquer análise sua sobre a magnífica performance de Roger Federer em Houston", escreveu Aldo.
Então fala, Aldo: "Federer é, hoje, o mais completo jogador do circuito. Possui todos os fundamentos e os aplica com uma qualidade admirável. E (...) tem o melhor, o mais preciso e o mais bonito movimento praticado pelos poucos jogadores que, por sorte e alegria de todos os admiradores de tênis, insistem em manter vivo: o backhand com uma mão".
O amigo Conrado não deixou de dar bronca até. "Puxa vida, você não falou sequer uma linha sobre o Roger Federer!!!"
O que Conrado tem a nos dizer? "[Federer] joga sobre a linha de base com a mesma desenvoltura com que joga na rede." Por fim, deixou ainda um aviso: "Não se engane, meu amigo: o número um é Roddick, mas Federer é o melhor tenista do mundo".
 
De fato, ninguém ganhou tantos torneios como Federer neste ano. Nem Andy Roddick. Foram sete, em todos os pisos possíveis: na grama de Wimbledon e de Halle, no carpete indoor de Viena, no cimento de Marselha, no saibro de Munique e Gstaad, em Dubai e entre os melhores, no Masters em Houston. Roddick ganhou seis.
Ninguém ganhou tanto dinheiro como Federer neste ano. Nem Andy Roddick. Foram mais de US$ 4 milhões, o que, pelo menos, significa que o suíço manteve regularidade nos torneios. Foram só duas derrotas em estréias; Roddick, note, caiu em três estréias.
Ninguém ganhou tantos jogos como Federer neste ano. Nem Andy Roddick. Foram 78 vitórias na temporada. O americano ficou nas 72 vitórias. Federer perdeu 17 jogos, e Roddick, 19. Rainer Schuettler, o terceiro da lista, que ganhou 71 jogos, perdeu 30.
Ninguém ganhou tantos fãs como Federer neste ano. Nem Roddick. Há um ano, poucos elegiam o suíço como dono de um jogo bonito, quanto mais eficiente. Era mais lembrado pela vitória sobre Sampras em Wimbledon-2001.
Federer não é mais um tenista do qual alguém, às vezes, se lembra. É um tenista que os leitores desta coluna simplesmente não deixam esquecer.

Em Melbourne
A Espanha prepara Feliciano Lopez para tentar surpreender a Austrália no gramado onde a Copa Davis será decidida. Difícil funcionar.

Pelo mundo e por aqui
Flávio Saretta anunciou calendário para o primeiro semestre. Austrália, perna sul-americana no saibro, Masters Series de Indian Wells e Miami. Estranhamente, antes disso, o Challenger de São Paulo.

No México
Ricardo Melo ganhou, no domingo, o título do Challenger de Puebla.

Em Florianópolis
A Eletrosul Cup rola nas quadras da federação de SC até domingo.

E-mail reandaku@uol.com.br


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