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FUTEBOL
No 1º jogo oficial após descenso no Nacional, equipe bate o Mogi Mirim
Palmeiras estréia lado B com atuação de 2ª e vitória
RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL
Mesmo com um futebol de segunda, o Palmeiras conseguiu
vencer o Mogi Mirim ontem, pelo
Paulista, em seu primeiro jogo
oficial após ter sido rebaixado no
Campeonato Brasileiro.
Com o placar favorável de 2 a 1,
o time começa bem o Estadual e
consegue afastar um pouco a lembrança do Nacional-2002, que
tanto abalou moralmente a equipe e a condenou a atuar por oito
meses, neste ano, no segundo escalão do futebol do país.
Antes de começar a partida, o
nome "Belluzzo" (candidato derrotado nas eleições presidenciais
do clube, que reelegeu Mustafá
Contursi) foi gritado nas tribunas.
A torcida palmeirense, que baixou o nível na final da Copa São
Paulo de juniores -anteontem, o
time ficou na segunda posição e,
depois, houve confronto entre
torcedores e policiais militares-,
nem levou faixas para o estádio.
Com a bola rolando, o Palmeiras teve ótima chance logo no segundo minuto. Muñoz mandou a
bola de cabeça no travessão. A segunda boa chance do time viria
apenas no segundo tempo.
O Mogi Mirim, mais acostumado com o futebol do segundo escalão, se sentiu à vontade no Parque Antarctica e, mais que encarar o Palmeiras de igual para
igual, passou a dominar a partida.
Em dois chutes de fora da área,
Marcos, goleiro que quase foi jogar na Europa -viajou para a Inglaterra para acertar com o Arsenal-, salvou o clube da capital.
Como todo o time palmeirense, o
camisa 1 está sendo obrigado a conhecer jogadores de pouca fama.
"O lateral-esquerdo deles [Alessandro" é muito rápido. Temos
que fazer algo para pará-lo", disse
o goleiro no intervalo do jogo,
quando festejou ser tão exigido.
"É bom trabalhar bastante. Às vezes você fica ali e não faz nada."
Pedrinho, o jogador número
um no coração da torcida na
atualidade, esteve bem marcado e
pouco produziu. "A ansiedade
para fazer o gol atrapalha", disse
o jogador, que ainda está fazendo
tratamento contra depressão.
Veio o segundo tempo. O técnico Jair Picerni trocou o futebol
técnico de Zinho pelo futebol vigoroso de Adãozinho. O time, na
base da vontade, melhorou.
Magrão, um dos ex-volantes do
São Caetano do Palmeiras, aproveitou indecisão da defesa adversária e arrancou livre até o gol, tocando na saída do goleiro. Aos
6min, acabava a ansiedade.
Com Pedro no lugar de Neném
com a camisa 2, a equipe encontrou mais facilidade pela direita,
setor que antes era de Arce, que se
transferiu para o futebol japonês.
Leandro, que era só uma segunda opção no São Paulo, entrou no
lugar de Dodô, mais uma vez
vaiado pelos torcedores.
Em seu segundo lance, Leandro, em seu primeiro jogo oficial
no time, fez o segundo gol palmeirense. Aos 32min, após duas
tentativas com Muñoz e Pedrinho, a bola rebateu na zaga e sobrou para o atacante fazer 2 a 0.
Mas, aos 42min, o Mogi Mirim,
que será rival do Palmeiras na Série B do Brasileiro deste ano, descontou por meio de um pênalti,
convertido por Dênis, jogador
que foi chamado pelos palmeirenses de Oséas por sua semelhança física e técnica com o ex-atacante do clube da capital.
Marcos, com duas boas defesas,
segurou o ímpeto do Mogi Mirim
no final do jogo. Pelo menos após
a primeira rodada do Paulista, o
Palmeiras figura no topo da tabela de sua chave, embora esteja
empatado com outros dois times.
Se 2002 terminou com derrota e
2003 começou com vitória, pelo
menos para a torcida as coisas
continuam iguais. No final da
partida, aplausos para Marcos
("É o melhor goleiro do Brasil") e
críticas para o presidente Mustafá
Contursi ("O meu Palmeiras não
precisa de você").
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