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São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 2003

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TÊNIS

Atleta conquista o Aberto da Austrália e promete convencer Steffi Graf, sua mulher, a voltar à ativa em Roland Garros

Campeão, Agassi assume missão caseira

DA REPORTAGEM LOCAL

Dentro de quadra, o americano André Agassi, 32, cumpriu sua parte no acordo que fez de jogar duplas com sua mulher, a alemã Steffi Graf, no Aberto da França, ao tornar-se campeão do Aberto da Austrália na madrugada de ontem. Mas, segundo ele, o mais difícil agora será fazer com que Graf cumpra a parte dela no acordo.
Agassi bateu na final do torneio o alemão Rainer Schuettler, por 6/2, 6/2 e 6/1, em jogo que durou só 1h16min. O americano já havia sido campeão em Melbourne em 1995, 2000 e 2001. Ele também já venceu os outros torneios que formam o Grand Slam (Roland Garros, Wimbledon e US Open).
A vitória de ontem também representou o oitavo título de Agassi em um dos quatro principais torneios do calendário do tênis.
Na Austrália, os integrantes da equipe de Agassi concordaram em cumprir algumas promessas caso ele se sagrasse campeão. Um de seus treinadores, que não toma bebida alcoólica, teria de experimentar um drinque, e o outro permitiria que Agassi raspasse os seus cabelos. O tenista também ganhou uma promessa da mulher: caso vencesse, ela seria sua parceira na chave de duplas mistas no Grand Slam da França.
"Não há nada ligado à situação de que ela vá gostar. Não acho que seja motivo de alegria para alguém a dificuldade que terei de enfrentar para convencer Graf a jogar duplas comigo. Espero conviver com ela mais 50 anos, assim ela terá outros motivos para ficar brava comigo", afirmou Agassi.
O campeão analisou ainda a probabilidade de a possível campanha da dupla em Roland Garros se tornar um grande vexame.
"O que posso garantir é que, se jogarmos, não teremos muita chance. Primeiro, não disputo duplas. Segundo, se isso já aconteceu, não joguei contra mulheres. Terceiro, simplesmente não conseguiria rebater a bola com força na direção de uma mulher."
Para completar as dificuldades, Graf não joga desde 1999.
Mas, mesmo com todos os fatores negativos, Agassi prometeu empenho para convencê-la.
Até mesmo o alemão Schuettler, 26, brincou com a situação depois da derrota. "O lado positivo é a expectativa que se vai criar com relação ao Aberto da França."
"Tentei dar o meu melhor, mas você simplesmente foi muito melhor do que eu hoje [ontem]", comentou Schuettler, já resignado, ao cumprimentar Agassi.
Na partida, a experiência do americano o ajudou a ter mais tranquilidade do que o oponente, que registrou seu primeiro ponto do jogo só no terceiro game.
Agassi teve maior porcentagem de acerto no primeiro serviço, 67% a 51%, mais aces, sete contra quatro, e mais pontos vencidos, 80 contra 43. Também cometeu menos duplas faltas, uma a quatro, e erros não-forçados, 13 a 25.


Com agências internacionais


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