São Paulo, sábado, 27 de janeiro de 2007

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Platini faz reinado de 17 anos na Uefa acabar

Francês evita reeleição de Johansson e é 1º craque a chefiar entidade milionária

Jogador mais bem-sucedido como dirigente, ex-meia defende liga mais acessível a países menores e punição a quem ignorar as seleções


Kai Pfaffenbach/Reuters
Michel Platini, 51, cumprimenta Lennart Johansson, 77, seu antecessor na presidência da Uefa


RODRIGO BUENO
DA REPORTAGEM LOCAL

O francês Michel Platini, 51, fez ontem, de vez, história no futebol. Se já havia brilhado em campo como um dos grandes, agora se firmou como o boleiro de maior sucesso como dirigente ao virar presidente da Uefa.
Ele derrotou o sueco Lennart Johansson na eleição realizada ontem em Dusseldorf por 27 votos a 23. Contando com o apoio do presidente da Fifa, Joseph Blatter, Platini lucrou em especial com a proposta de dar mais espaço aos países periféricos da Europa nos torneios.
Platini, que interrompeu um reinado de 17 anos de Johansson à frente da mais poderosa e rica confederação ligada à Fifa -são seis no total-, já havia se tornado membro do Comitê Executivo da Fifa, além de comandar a organização de uma Copa, a de 1998 na França.
Franz Beckenbauer, que rivalizava com o francês no posto simbólico de boleiro mais influente nos bastidores do futebol, manifestou o desejo de presidir uma grande entidade, mas desistiu -agora, representará a Uefa no Executivo da Fifa.
Platini, maior artilheiro da seleção francesa (41 gols em 72 jogos), será o sexto presidente da Uefa, entidade criada em 1954 e que reúne 53 federações nacionais -Gibraltar foi vetada, e Montenegro virou sócia.
""Esta é uma grande vitória para mim, mas eu não vou dar uma volta olímpica porque agora o trabalho começa", falou o ex-jogador de Nancy, Saint-Etienne e Juventus de Turim.
Capitão da França campeã européia em 1984 e três vezes eleito melhor jogador da Europa (1983, 1984 e 1985), Platini não tratou de aliviar para os ex-companheiros de profissão.
""As federações são livres para suspender um jogador que se nega a responder a uma seleção. Está proibido, será suspenso. E duramente. Claro que é preciso ameaçar um jogador que esteja no final da carreira, mas também é preciso proteger as seleções dos grandes clubes", falou o dirigente, que promete ""universalizar" mais as vagas da Copa dos Campeões.
""Nós temos alguns meses para ver que caminho tomaremos, mas eu gostaria de um equilíbrio maior", disse ele, que quer limitar em três o número de times de um país no torneio.


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