São Paulo, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2002

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PAINEL FC

Último a saber
Luiz Felipe Scolari não foi avisado por Ricardo Teixeira sobre as mudanças na comissão técnica da seleção. Só soube das alterações pelos jornais.

Antes tarde...
Mesmo assim, o técnico gaúcho não reclamou das mudanças. Apesar de ter uma relação cordial com Mauro Félix (ex-administrador) e com Carlos Lemos (ex-assessor de imprensa), achava que o trabalho dos dois deixava a desejar.

Cabeça fresca
Sobre os comentários do presidente Fernando Henrique Cardoso, que pediu Romário na seleção, Scolari disse a amigos que só vai se pronunciar hoje, na sede da CBF. Quer pensar bem antes de dar sua resposta.

Precedente
Na última vez em que um político opinou sobre uma equipe treinada por Scolari, o técnico foi incisivo. José Serra, hoje pré-candidato do PSDB à presidência e então ministro da Saúde, deu palpite sobre a escalação do Palmeiras. A resposta foi imediata: "Com certeza, a saúde no Brasil está com mais problemas que o Palmeiras".

Coro
Convidado para ser diretor técnico da CBF, o ex-jogador Falcão defendeu Romário. Em entrevista ao site "Terra", disse que o vascaíno deve ser "convocado lá na frente, objetivando a Copa do Mundo". Para já, não.

Pra frente, Baixinho
Amigos de Romário, que comemoraram o papo entre o jogador e Teixeira, já deram um apelido para o encontro entre o presidente da CBF e o atacante vascaíno: foi o almoço "vai ter que me engolir".

Veneno
Maldade dos dirigentes corintianos, após Wanderley Luxemburgo ter afirmado que o ambiente estava "carregado" no Parque Antarctica. "É bom o presidente Mustafá Contursi tomar cuidado. Daqui a pouco vai aparecer conta de macumbeira para o Palmeiras pagar," disse um dirigente corintiano.

Coisa de amigo
Não é só a Romário que Ricardo Teixeira tem dado ouvidos. A contratação de Rodrigo Paiva para o cargo de assessor de imprensa da CBF também teve o dedo do atacante Ronaldo, da Inter de Milão.

Mais um candidato
O coronel Castelo Branco, chefe da segurança da seleção, está com a cabeça a prêmio. O presidente da CBF não gostou do trabalho do coronel quando da viagem do time nacional a Riad, na Arábia Saudita.

Exagero
Para o dirigente, Castelo Branco errou ao proibir que os sete jornalistas brasileiros acompanhassem em campo o único treino da seleção em Riad. Contrariado, Teixeira desautorizou seu chefe de segurança em público. A brincadeira de Swat pode valer o emprego ao coronel.

Cobrança
Relator da CPI da CBF/Nike, o deputado Sílvio Torres (PSDB-SP) disparou ontem, em plenário, contra o ministro Carlos Melles (Esporte). Reclamou da demora na edição da medida provisória que possibilitaria a intervenção do Ministério Público sobre a CBF. Para ele, sem a MP, o país caminha para um "desastre total na Copa".

Adiado
Após manobra na Assembléia Legislativa do Rio, a bancada ligada ao futebol conseguiu adiar a votação para abertura de uma CPI para investigar evasão de renda nos estádios fluminenses.

Respingo
Aliados do governador Anthony Garotinho (PSB) não têm mostrado muita vontade na investigação da evasão. Há o temor de que, como o escândalo envolve a Suderj, órgão estadual, a CPI seja usada contra o pré-candidato à presidência.

Retorno
Depois de fracassar como técnico, o ex-corintiano e ex-vereador Biro-Biro, 41, volta hoje aos gramados. Assinou contrato com o Vera Cruz, de Santa Catarina, e estréia em amistoso contra o Caxias, de Joinville.

E-mail:
painelfc.folha@uol.com.br

DIVIDIDA

De Eurico Miranda, presidente do Vasco, sobre a pressão por Romário na seleção:
- Se o Felipão não convocá-lo para a Copa, as coisas vão ficar ruins para ele.

CONTRA-ATAQUE

Cem jogadores e sem título

Se forem aceitos os cinco pedidos de compra do técnico recém-empossado Artur Neto, o Ceará chegará a incrível estatística de ter contratado cem atletas em um espaço de um ano, com uma média de uma apresentação a cada três dias.
A cada técnico novo (foram 12 no total), novas aquisições. O mais gastador foi Arnaldo Lira, com 30 contratações, seguido por Luís Carlos Cruz (21), Flávio Araújo (19) e José Carlos Serrão (15). O único treinador que não foi atendido em seus pedidos de reforços foi Cláudio Adão, que ficou apenas 12 dias no cargo.
Nesse entra-e-sai, o atacante Zezinho foi contratado duas vezes pelo Ceará no último ano.
Com todo esse crédito, Zezinho se dava ao direito de chiar quando ia para a reserva:
- Se ficar muito no banco, a torcida vai reclamar, e o clube me dispensa de novo.
O curioso é que o técnico Lula Pereira, sondado para o cargo, não assumiu a equipe porque a diretoria não aceitou sua exigência de contratar de três a cinco reforços, uma ninharia diante das listas de seus antecessores.


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