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Ataque pé-no-chão encara a mais sólida defesa
DA REPORTAGEM LOCAL
Um time que marca muitos gols
contra um adversário que aprendeu a evitá-los. Essa é a tônica do
clássico de hoje, que opõe o São
Paulo -30 gols em nove jogos,
média de 3,3 tentos por partida-
e o Corinthians de Tevez, que vai a
campo com a defesa menos vazada do Paulista (sete gols, ou 0,8
por jogo), junto com o Santos.
Líder isolado, o São Paulo traduz em força ofensiva a sua boa
fase no Paulista. Artilheiro do torneio com dez bolas na rede, Diego
Tardelli, sozinho, tem quase o
mesmo número de gols que o rival de hoje, que marcou 11 vezes.
O abismo entre os dois times
aumenta caso se compare a eficiência de Tevez à de dois são-paulinos que têm como primeira
missão marcar o inimigo. O lateral-direito Cicinho e o volante Josué já anotaram, cada um, o mesmo número de gols do que o atacante argentino no torneio: três.
No entanto, apesar da folga que
os números dão para o São Paulo,
o técnico Emerson Leão prega a
filosofia do ataque pé-no-chão.
"Aqui não tem ninguém flutuando. A seriedade tem que ser
total, ainda mais em um clássico",
declarou Leão, que já pensa em
outro tipo de projeção. "Chegamos na metade, agora a preocupação é manter ou aumentar a
vantagem. Tenho certeza de que
os próximos 50% vão ser muito
mais difíceis de conquistar."
E para tentar manter o aproveitamento de 100% no Morumbi, a
arma de Leão é seguir explorando
o seu ponto forte: a finalização. O
São Paulo é o time que mais chuta
no torneio, com índice de acerto
de 43,8%. Além disso, a marcação, com Mineiro e Josué, vai se
manter vigilante. Com média de
27 infrações por partida, a equipe
são-paulina é a quinta equipe que
mais comete faltas no Paulista.
Disposto a anular os trunfos do
rival e tentar reduzir o hiato que
separa as duas equipes na classificação (25 pontos a 16), o Corinthians também vai em busca do
que tem de melhor. Com Gil e Tevez, o clube ostenta a marca de líder em dribles, com média de 21,4
por confronto.
Além disso, o técnico Tite deve
explorar as jogadas de bola parada, já que a sua equipe aparece em
quarto lugar entre os clubes que
mais sofrem faltas: 26 por jogo.
"Equilíbrio. Uma equipe precisa
buscar o equilíbrio, como todos
os seres humanos buscam. Precisamos oportunizar, como fizemos contra a Ponte Preta", declarou o treinador, que mostrou estar atento às qualidades do ataque
de seu adversário desta tarde.
"O ataque do São Paulo não é
Grafite e Diego Tardelli. Eles são
os terminais. O ataque são os alas
Cicinho e Júnior, os volantes Josué e Mineiro e o Danilo, penúltimo passe", analisou Tite.
A defesa corintiana não é superada desde que Sebá apareceu no
time. O sistema com dois zagueiros deve ser mantido. ""Teria a opção de voltar com o Betão, mas a
tendência é a manutenção", afirmou Tite. Hoje, ele vai reforçar a
marcação no meio -o time terá
três volantes -Marcelo Mattos,
Wendel e Rosinei.
(RBU E TA)
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