São Paulo, domingo, 27 de fevereiro de 2005

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Ataque pé-no-chão encara a mais sólida defesa

DA REPORTAGEM LOCAL

Um time que marca muitos gols contra um adversário que aprendeu a evitá-los. Essa é a tônica do clássico de hoje, que opõe o São Paulo -30 gols em nove jogos, média de 3,3 tentos por partida- e o Corinthians de Tevez, que vai a campo com a defesa menos vazada do Paulista (sete gols, ou 0,8 por jogo), junto com o Santos.
Líder isolado, o São Paulo traduz em força ofensiva a sua boa fase no Paulista. Artilheiro do torneio com dez bolas na rede, Diego Tardelli, sozinho, tem quase o mesmo número de gols que o rival de hoje, que marcou 11 vezes.
O abismo entre os dois times aumenta caso se compare a eficiência de Tevez à de dois são-paulinos que têm como primeira missão marcar o inimigo. O lateral-direito Cicinho e o volante Josué já anotaram, cada um, o mesmo número de gols do que o atacante argentino no torneio: três.
No entanto, apesar da folga que os números dão para o São Paulo, o técnico Emerson Leão prega a filosofia do ataque pé-no-chão.
"Aqui não tem ninguém flutuando. A seriedade tem que ser total, ainda mais em um clássico", declarou Leão, que já pensa em outro tipo de projeção. "Chegamos na metade, agora a preocupação é manter ou aumentar a vantagem. Tenho certeza de que os próximos 50% vão ser muito mais difíceis de conquistar."
E para tentar manter o aproveitamento de 100% no Morumbi, a arma de Leão é seguir explorando o seu ponto forte: a finalização. O São Paulo é o time que mais chuta no torneio, com índice de acerto de 43,8%. Além disso, a marcação, com Mineiro e Josué, vai se manter vigilante. Com média de 27 infrações por partida, a equipe são-paulina é a quinta equipe que mais comete faltas no Paulista.
Disposto a anular os trunfos do rival e tentar reduzir o hiato que separa as duas equipes na classificação (25 pontos a 16), o Corinthians também vai em busca do que tem de melhor. Com Gil e Tevez, o clube ostenta a marca de líder em dribles, com média de 21,4 por confronto.
Além disso, o técnico Tite deve explorar as jogadas de bola parada, já que a sua equipe aparece em quarto lugar entre os clubes que mais sofrem faltas: 26 por jogo.
"Equilíbrio. Uma equipe precisa buscar o equilíbrio, como todos os seres humanos buscam. Precisamos oportunizar, como fizemos contra a Ponte Preta", declarou o treinador, que mostrou estar atento às qualidades do ataque de seu adversário desta tarde.
"O ataque do São Paulo não é Grafite e Diego Tardelli. Eles são os terminais. O ataque são os alas Cicinho e Júnior, os volantes Josué e Mineiro e o Danilo, penúltimo passe", analisou Tite.
A defesa corintiana não é superada desde que Sebá apareceu no time. O sistema com dois zagueiros deve ser mantido. ""Teria a opção de voltar com o Betão, mas a tendência é a manutenção", afirmou Tite. Hoje, ele vai reforçar a marcação no meio -o time terá três volantes -Marcelo Mattos, Wendel e Rosinei. (RBU E TA)


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