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Sem dinheiro, Série B tem seu início adiado
DO PAINEL FC
A Série B não começará em 4 de
abril, conforme haviam anunciado a Confederação Brasileira de
Futebol e a Futebol Brasil Associados, entidade que congrega os
clubes da segunda divisão.
Após reunião realizada ontem
na CBF, os organizadores resolveram dar mais duas semanas de
prazo para que a FBA consiga viabilizar financeiramente o torneio,
que terá clubes grandes como Palmeiras, Lusa e Botafogo-RJ, todos
rebaixados no Campeonato Brasileiro do ano passado.
Participaram do encontro o
presidente da FBA, Peter Silva,
Marco Antonio Teixeira e Virgílio
Elísio (CBF), Marcelo Campos
Pinto (Globo) e representantes da
SportPromotion, agência de marketing que negocia o produto Série B. Ricardo Teixeira, presidente
da CBF, que está em Madri, era informado do rumo das discussões
entre as partes por telefone.
"Resolvemos adiar para o início
para o dia 18 para que consigamos
mais dinheiro. A CBF entendeu
nossa dificuldade e atendeu a nossa solicitação. É só isso o que posso dizer", afirmou Silva.
O diretor do Departamento
Técnico da CBF, Virgílio Elísio,
disse que inicialmente o sistema
em turno e returno e com pontos
corridos está mantido, mas que
há a possibilidade de ser alterado
para um turno único se a FBA não
angariar fundos para o torneio.
"Precisávamos de mais uma semana para concluir as negociações. Tínhamos que evitar um
problema maior. Se mantivéssemos para o dia 4 e não houvesse
os acordos, os clubes não entrariam em campo. Quanto à fórmula, nosso objetivo é manter em
turno e returno. Mas, se o dinheiro não der, está aberta a possibilidade de mudá-la", afirmou Elísio,
que negou que o adiamento tenha
relação com as especulações de virada de mesa no torneio. "Não há
hipótese de Palmeiras e Botafogo
não jogarem a Série B."
Agora, a FBA terá mais tempo
para negociar os contratos com a
TV. Depois de um acordo verbal
ter sido feito entre a entidade e o
SBT, a Globosat criou um empecilho e não aceitou perder o direito
de escolher quais jogos transmitirá. Em outras palavras, não queria
liberar o Palmeiras para a TV
aberta, o que inviabiliza o acordo
com a emissora paulista.
Peter Silva calcula que, para fazer os times entrarem em campo
por 46 rodadas, precisa de pelo
menos R$ 30 milhões para cobrir
gastos com transporte, hospedagem e arbitragem.
Até agora, no entanto, a FBA
não conseguiu angariar um só
centavo para fazer o campeonato
sair do papel. O único acordo já
fechado, com a Penalty, só permanecerá vivo se a competição
for transmitida em TV aberta. O
fornecedor de material esportivo
não tem interesse em pagar para
fazer propaganda apenas para assinantes, via Sportv.
A FBA tenta ainda conseguir R$
10 milhões em passagens aéreas.
Acha que, com um contrato de
TV na mão, poderá conversar
com empresas de aviação. Os dirigentes pediram até ajuda do governo Lula para fazer sua competição decolar.
(FM)
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