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TÊNIS
Após briga política com dirigentes, boicote na Davis e prêmios nos bastidores, jogador enfrenta argentino e busca decolar
Guga tenta trazer foco de volta à quadra
DA REPORTAGEM LOCAL
Ele esteve sempre em evidência.
Brigou com dirigentes, liderou
um boicote de atletas, recebeu
prêmios. Só não jogou tênis.
Hoje, após quase um mês de polêmicas e homenagens por suas
ações nos bastidores, Gustavo
Kuerten tenta trazer o foco de sua
carreira de volta para as quadras.
Ele estréia no Masters Series de
Miami contra o argentino Juan
Monaco, por volta das 22h30, na
quadra central do complexo.
Desde a eliminação precoce na
rodada inaugural do Masters Series de Indian Wells -perdeu para o norte-americano Taylor Dent
no dia 13 deste mês-, Guga não
disputa uma partida oficial.
Suas ações em outras áreas, porém, tornaram o período bastante
movimentado. No último dia 9,
ele anunciou que não defenderia a
seleção brasileira no embate com
o Paraguai, válido pela Copa Davis. Motivo: oposição a Nelson
Nastás, presidente da Confederação Brasileira de Tênis.
A decisão teve efeito cascata.
Outros tenistas de ponta, como
Flávio Saretta, André Sá e Ricardo
Mello, além do capitão do time,
Jayme Oncins, seguiram seus passos e aderiram ao boicote.
O período, contudo, não foi só
marcado por brigas políticas. A
ATP (Associação dos Tenistas
Profissionais), entidade que comanda a modalidade, concedeu
dois prêmios ao brasileiro.
Ele foi considerado o segundo
tenista mais querido pelos fãs de
tênis -perdeu apenas para o suíço Roger Federer, atual líder do
ranking de entradas.
Kuerten levou também, já em
Miami, o troféu "Humanitário",
concedido por seu trabalho social.
Agora, o tenista número 19 do
ranking quer concentrar esforços
em seu jogo. Ele nunca enfrentou
Monaco em partidas oficiais, mas
prevê dificuldades.
"Esse primeiro jogo vai ser muito importante para mim. Faz quase duas semanas que não jogo
uma partida", disse ele.
O argentino é uma das principais revelações do tênis de seu
país. Monaco ocupa a 156ª colocação na lista de entradas e, em
2004, triunfou no Challenger de
São Paulo.
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