São Paulo, domingo, 27 de abril de 1997.

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TELÊ SANTANA
Brunoro, um exemplo

Lamento a saída de José Carlos Brunoro da gerência de futebol do Palmeiras-Parmalat. Ele é o melhor exemplo de como deve ser um dirigente profissional de futebol.
Deu para perceber no pouco tempo em que fiquei no Palmeiras que tudo funciona lá de maneira extremamente organizada. O Brunoro inovou os conceitos de administração do futebol. E colheu, rapidamente, frutos dessa evolução.
Espero que outras pessoas sigam seu exemplo. Futebol é coisa para profissionais.
Tivemos uma discussão na primeira vez em que nos encontramos, num programa de TV. Até errei o esporte em que ele militava. Falei basquete, lógico que era vôlei.
Claro que ele me corrigiu. Quero deixar bem claro que nunca fiz críticas pessoais ao Brunoro ou à Parmalat.
Nos encontramos outras vezes, depois daquele programa. Conversamos muito. O Brunoro sempre foi muito correto e gentil.
Espero que ele tenha sorte na sua nova vida. E que ensine à nova geração o que é ser dirigente de futebol.

Parece que o problema de calendário do futebol brasileiro não acaba nunca.
A excursão da seleção brasileira para a Europa, em junho próximo, está marcada, justamente, no período em que se estará disputando a fase final do Campeonato Paulista.
Claro que a partida amistosa na Noruega e o Torneio da França serão bastante importantes para a preparação do time brasileiro, que logo depois disputa a Copa América, na Bolívia.
Mas os clubes não podem sofrer por causa disso.
Sou contra boicotes ou greves, mas a CBF e a Federação Paulista de Futebol deveriam entrar num consenso para não prejudicar os clubes.
Os times ficam o ano todo disputando os torneios e, na fase mais importante, ficam sem seus principais jogadores.

Goleadas em jogos entre grandes clubes são resultados anormais. O Corinthians, porém, vem mostrando um futebol de primeira linha. Como o do Palmeiras que encantou a todos no primeiro semestre do ano passado

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Telê Santana, 65, escreve na Folha aos domingos

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