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FUTEBOL NO MUNDO
Globalização
RODRIGO BUENO
O termo globalização é um
dos mais empregados neste fim
de século. Entendida como fim
das fronteiras, derrocada dos
regionalismos ou intercâmbio
planetário, a palavra será muito utilizada no futebol em 98.
Além de a França abrigar em
junho o Mundial mais assistido
da história -37 bilhões de telespectadores, em audiência
acumulada, ``participarão'' da
Copa, segundo o seu Comitê Organizador-, será realizado, de
6 a 8 de janeiro, em Cingapura,
o primeiro salão internacional
de futebol: a Football Expo 98.
O mercado do futebol mundial, que tem um faturamento
anual estimado em US$ 225 bilhões, viverá um momento ímpar com o evento, uma megafeira com mais de 400 expositores
de todo o planeta.
Os principais dirigentes, diretores, fabricantes, fornecedores,
clubes e patrocinadores do futebol mundial estarão reunidos
pela primeira vez.
Além do lado comercial, o objetivo do salão é criar um intercâmbio (troca de tecnologias e
experiências) entre os quase
200 países filiados à Fifa.
``Esperamos que todos estejam
representados no evento'', disse
Jean-Marc Presti, responsável
pela Football Expo 98.
Presti esteve nesta semana em
São Paulo sondando possíveis
representantes brasileiros.
Além de empresas como a
Topper e a Penalty, há boa
chance de o São Paulo contar
com uma stand no salão. Grandes clubes, como Barcelona, Bayern de Munique e Manchester
United, já confirmaram que levarão suas marcas ao evento,
que deverá se tornar itinerante.
Esse ``shopping do futebol''
vem a ser apenas mais uma
prova da globalização do esporte mais popular do mundo.
Hoje, devido às transmissões
de diversos campeonatos estrangeiros, é mais fácil para o
torcedor brasileiro conhecer os
esquemas de Real Madrid, Juventus e Ajax do que saber como jogam Araçatuba, Rio
Branco e Portuguesa Santista.
Mundo
Estive com João Havelange
na quarta. Perguntei ao presidente da Fifa o que ele achava
de os atletas profissionais estarem se mobilizando sindicalmente. Resposta: ``Isso é coisa
de momento, só uma euforia''.
Ásia
Perguntei ao máximo dirigente o que ele pensava das dificuldades de japoneses e
sul-coreanos, anfitriões da Copa de 2002, em se entenderem.
Resposta: ``Não estarei mais na
Fifa. Não cuido do assunto.
Tem uma comissão para isso.''
Europa
Havelange foi questionado
sobre que países têm mais condições de abrigar a Copa-2006.
Resposta: ``Alemanha e Inglaterra são claras favoritas.''
América
Também falou da chance do
Brasil. Resposta: ``A decisão
não estará nas minhas mãos...''
E-mail esporte@uol.com.br
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