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TÊNIS
Brasileiro terá como rival Andreas Vinciguerra, 19, que acompanhou pela TV sua conquista do título, há 3 anos
Kuerten enfrenta fã em sua estréia no Aberto da França
RONALDO SOARES
DE PARIS
O primeiro desafio de Gustavo
Kuerten em Roland Garros neste
ano será um jogador que admira
o tenista brasileiro e gosta de futebol: o sueco Andreas Vinciguerra.
Ele se tornou fã de Kuerten pela
maneira descontraída com que o
brasileiro atuou em 1997, quando
conquistou o título do Aberto da
França. Vinciguerra, que naquele
ano acompanhou pela TV a campanha, acredita que o jogo entre
os dois será "divertido" -eles jamais se enfrentaram.
"Kuerten joga muito bem e é
um dos favoritos ao título", afirmou o sueco, após o sorteio ontem que definiu os confrontos da
primeira fase. O torneio, um dos
quatro mais importantes do
mundo, começa na segunda.
O sorteio foi duplamente favorável a Kuerten. Além de enfrentar um adversário pouco experiente -Vinciguerra atua no circuito profissional há apenas dois
anos-, o brasileiro escapou de
ter de estrear contra especialistas
no saibro que não são cabeça-de-chave, como o chileno Marcelo
Rios ou o espanhol Carlos Moyá.
Pelo sorteio, se mantidos os favoritismos, Kuerten só deve encontrar rivais fortes nas oitavas-de-final, o equatoriano Nicolas
Lapentti, e nas quartas, o russo
Ievguêni Kafelnkov.
Kuerten, segundo colocado no
novo ranking, que considera somente os resultados desta temporada, foi cauteloso ao analisar o
adversário da estréia.
"É um jogador difícil, que vem
conseguindo bons resultados",
afirmou, referindo-se ao primeiro
título do sueco no circuito profissional, conquistado em fevereiro,
em Copenhague, na Dinamarca.
O sueco, 40º do ranking, foi semifinalista no torneio de juniores
em Roland Garros, há dois anos. É
um especialista em quadra rápida, mas diz que gosta também de
pisos lentos, como o saibro.
Kuerten diz estar no melhor de
suas formas física e técnica.
"Nunca cheguei tão bem preparado para Roland Garros", afirmou.
Mais experiente, ele acha que isso também o ajudará. "O circuito
ensina muito: qual a melhor rotina de treino, como ganhar mais
fácil um jogo. Não adianta, com
19, 20 anos você não tem isso."
O brasileiro garante estar recuperado da maratona de dois torneios seguidos em que foi finalista
-em Roma, onde perdeu para o
sueco Magnus Norman, e em
Hamburgo, domingo passado,
onde venceu o russo Marat Safin,
ambos em quadras de saibro.
"Enfrentei um ritmo pior do
que o de um Grand Slam, pois jogava quase todos os dias. Mas
passei no teste e, como há uma semana de descanso aqui, deu para
recuperar", afirmou.
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