São Paulo, sábado, 27 de maio de 2000


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TÊNIS
Brasileiro terá como rival Andreas Vinciguerra, 19, que acompanhou pela TV sua conquista do título, há 3 anos
Kuerten enfrenta fã em sua estréia no Aberto da França

RONALDO SOARES
DE PARIS

O primeiro desafio de Gustavo Kuerten em Roland Garros neste ano será um jogador que admira o tenista brasileiro e gosta de futebol: o sueco Andreas Vinciguerra.
Ele se tornou fã de Kuerten pela maneira descontraída com que o brasileiro atuou em 1997, quando conquistou o título do Aberto da França. Vinciguerra, que naquele ano acompanhou pela TV a campanha, acredita que o jogo entre os dois será "divertido" -eles jamais se enfrentaram.
"Kuerten joga muito bem e é um dos favoritos ao título", afirmou o sueco, após o sorteio ontem que definiu os confrontos da primeira fase. O torneio, um dos quatro mais importantes do mundo, começa na segunda.
O sorteio foi duplamente favorável a Kuerten. Além de enfrentar um adversário pouco experiente -Vinciguerra atua no circuito profissional há apenas dois anos-, o brasileiro escapou de ter de estrear contra especialistas no saibro que não são cabeça-de-chave, como o chileno Marcelo Rios ou o espanhol Carlos Moyá.
Pelo sorteio, se mantidos os favoritismos, Kuerten só deve encontrar rivais fortes nas oitavas-de-final, o equatoriano Nicolas Lapentti, e nas quartas, o russo Ievguêni Kafelnkov.
Kuerten, segundo colocado no novo ranking, que considera somente os resultados desta temporada, foi cauteloso ao analisar o adversário da estréia.
"É um jogador difícil, que vem conseguindo bons resultados", afirmou, referindo-se ao primeiro título do sueco no circuito profissional, conquistado em fevereiro, em Copenhague, na Dinamarca.
O sueco, 40º do ranking, foi semifinalista no torneio de juniores em Roland Garros, há dois anos. É um especialista em quadra rápida, mas diz que gosta também de pisos lentos, como o saibro.
Kuerten diz estar no melhor de suas formas física e técnica. "Nunca cheguei tão bem preparado para Roland Garros", afirmou.
Mais experiente, ele acha que isso também o ajudará. "O circuito ensina muito: qual a melhor rotina de treino, como ganhar mais fácil um jogo. Não adianta, com 19, 20 anos você não tem isso."
O brasileiro garante estar recuperado da maratona de dois torneios seguidos em que foi finalista -em Roma, onde perdeu para o sueco Magnus Norman, e em Hamburgo, domingo passado, onde venceu o russo Marat Safin, ambos em quadras de saibro.
"Enfrentei um ritmo pior do que o de um Grand Slam, pois jogava quase todos os dias. Mas passei no teste e, como há uma semana de descanso aqui, deu para recuperar", afirmou.


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