DA SUCURSAL DE BRASÍLIA,
DA SUCURSAL DO RIO
E DE NOVA YORK

Empolgados, os ganenses lembram a contribuição de Carlos Alberto Parreira ao futebol local e acreditam na vitória.
"As circunstâncias deixaram Parreira face a face com as sementes que ele plantou em Gana muitos anos atrás", disse o embaixador de Gana no Brasil, Daniel Yaw Adjei. O técnico começou sua carreira em Gana, nos anos 60.
"O Brasil tem boa chance de ganhar. Mas Gana também pode vencer e avançar na Copa."
Segundo a vice-consulesa do Brasil em Gana, Sulamita Gleiser, a população gosta tanto de futebol quanto os brasileiros.
"No último jogo, contra os EUA, teve até quem fosse para as ruas apitando e buzinando. Agora, andam lembrando muito que a primeira seleção que Parreira treinou foi a de Gana", contou Sulamita.
Segundo ela, as ruas da capital, Acra, certamente não estão tão enfeitadas quanto as do Brasil, mas algumas bandeiras já começaram a pipocar nas janelas e varandas da cidade.
A diferença é que lá há pouco envolvimento das mulheres e repartições públicas, empresas, escolas e comércio não fecham durante os jogos.
"Por aqui, não tem nenhuma mulher jogando futebol. Não sei se elas acompanham as partidas", diz ela. O jogo será exibido às 15h no horário local.
A Embaixada do Brasil em Gana, que também atende Burkina Faso e Togo, informou que só 30 brasileiros se encontram nesses países. "Cada um deve assistir ao jogo em sua própria casa."
Na embaixada, que reúne cinco funcionários brasileiros, também não haverá nenhuma reunião para ver o jogo ou para festejar uma possível vitória. "Para nós, é uma situação complicada estar hospedados em um país e ver nossa seleção eliminá-lo da Copa, não é?"
Em Nova York, o secretário-geral da ONU, o ganense Kofi Annan, tem uma reunião na mesma hora do jogo. Mas uma televisão estará ligada na sala. Questionado sobre o time após a classificação para o mata-mata, disse, via porta-voz: "Não acho que meus garotos atingiram seu limite ainda".


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