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GINÁSTICA
Entidade quer trazer competição ao Brasil, mesmo sem ainda ter mostrado à FIG que tem condições de recebê-la
Sem garantias, CBG sonha com Copa no RJ
CRISTIANO CIPRIANO POMBO
JOÃO CARLOS ASSUMPÇÃO
DA REPORTAGEM LOCAL
A Confederação Brasileira de
Ginástica já tem armada a primeira ação para capitalizar a medalha
de ouro de Daiane dos Santos.
O objetivo é trazer de volta para
o país uma das etapas da Copa do
Mundo de ginástica artística -a
última edição realizada no Brasil
foi em São Paulo, em 1978.
Há dois anos, quando Daniele
Hypólito conquistou o primeiro
pódio brasileiro em Mundiais
-ganhou uma prata no solo em
Ghent- , a CBG conseguiu trazer
para o Brasil a Copa Quatro Continentes, de ginástica rítmica.
Mas agora quer um evento de
maior status: a Copa do Mundo.
"Se o Rio apresentar uma boa
proposta, é sério candidato, porque resolvemos dar um novo formato para a Copa, que estava
muito concentrada na Europa",
disse Philippe Silacci, diretor de
comunicação da Federação Internacional de Ginástica.
O problema é que, a 34 dias da
definição sobre as próximas sedes
do evento, a CBG ainda não apresentou garantias de que tem condições de recebê-lo. "Temos tudo
preparado para levar [o evento]
para o Rio, o apoio do COB e de
alguns países e, principalmente, o
ouro de Daiane", disse Vicélia
Florenzano, presidente da CBG.
Mas, pelo jeito, não é bem assim. Nem o local onde a competição ocorreria no Rio foi definido.
A idéia é realizá-la em abril no
Centro de Convenções, embora
ele ainda não tenha sido liberado
pela prefeitura. Outro problema é
com os equipamentos. A FIG exige a aquisição de dois novos conjuntos de aparelhos, cujo valor supera US$ 200 mil, e que os cariocas não possuem.
Segundo Vicélia, eles serão
comprados com ajuda do Comitê
Olímpico Brasileiro, mas a entidade disse que só se pronunciaria
a respeito após ter em mãos o projeto da CBG para o evento.
Para abrigar uma etapa da Copa
do Mundo em 2004 -são quatro
por ano-, a confederação diz ter
firmado um acordo com a Globo,
que transmitiria o evento sem
qualquer ônus. A venda da publicidade estática, porém, ficaria
com a CBG, que promete uma
premiação para os atletas no valor
de 75 mil. "A FIG determina
que o prêmio mínimo é de 50
mil e o máximo, de 75 mil. Fixaremos o valor máximo, usando
nossas verbas para atrair grandes
atletas", diz Vicélia.
Para 2004, a dirigente espera
contar com reforço de caixa, já
que tem pressionado o COB para
aumentar a fatia que lhe cabe dos
recursos da Lei Piva. Em 2002, recebeu R$ 900 mil -equivalentes
a 3%. Em setembro, no entanto,
quer passar para 4%.
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