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O PERSONAGEM
Após falha decisiva, "mulher de gelo" não resiste e cai no choro
DO ENVIADO A ATENAS
Fernanda Venturini levantou a bola alta, para um ataque
do fundo pelo meio, como a
oposto Mari gosta. A novata,
no ano de estréia na seleção,
bateu firme. A bola saiu. E o
Brasil saía da disputa do ouro.
A paulistana de 21 anos
(completados na segunda-feira), criada em Rolândia, interior do Paraná, passava pela
maior decepção de sua curta
-e meteórica- carreira.
Mari chegou à seleção após
despontar na última Superliga.
Jogava pelo campeão Osasco,
comandado por Zé Roberto.
Ficou conhecida do público
brasileiro por ter feito os pontos decisivos na semifinal e na
final do Grand Prix, competição que o Brasil ganhou no último dia 1º, na Itália.
E também por, diferentemente de suas companheiras,
praticamente não vibrar em
quadra e manter sempre o
semblante sério.
Ontem, porém, a "mulher de
gelo" não resistiu. Chorou. Foi
consolada, mas não adiantou.
Aos prantos, correu em disparada em direção ao vestiário.
O erro que decretou a vitória
russa foi o último de uma série
que já havia abalado a atleta.
Quando o Brasil teve sua
maior chance de fechar o jogo,
na quarta parcial, desperdiçou
dois match points.
Os erros mancharam a atuação da jogadora mais consistente em quadra ontem. Mari
foi a maior anotadora da partida, com 37 pontos.
Entre as atletas que recebiam
as "bolas de segurança" de Fernanda Venturini, ela apresentava melhor aproveitamento:
43%. A experiente Virna ostentou 22%, e Sassá, 17%.
Mari, que teve menos de um
ano para se acostumar com o
rótulo precoce de principal
atacante da seleção, terá agora
de conviver com o peso de ter
sido aquela que errou quando
não podia.
(LC)
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