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O ESPERANÇOSO
No Barcelona, Edmílson quer se exibir recuperado
DA REPORTAGEM LOCAL
Um dos zagueiros brasileiros
mais técnicos, Edmílson, 28, foi
campeão na temporada passada pelo Barcelona, mas sofreu
lesão que o deixou meses sem
jogar. Quer provar agora que
está recuperado.
(RBU)
Folha - O que espera no Campeonato Espanhol?
Edmílson - Será bem disputado, até porque La Coruña e Valencia não jogarão a Copa dos
Campeões. O Atlético está bem
reforçado. Tem o Betis e o Sevilla, que fazem boas campanhas.
Folha - E o favorito?
Edmílson - O Barcelona e o
Real Madrid estão sempre chegando. Estão um pouco à frente porque são equipes de tradição, com jogadores de qualidade internacional. O Barcelona
jogou seis ou oito meses com
14, 15 jogadores. Neste ano, tem
um elenco de 22 atletas com
condições de jogar, apesar de
não ter contratado muito. É difícil falar que o Real Madrid
contratou Robinho e Júlio Baptista e é o favorito.
Folha - O Campeonato Espanhol virou meio um Brasileiro?
Edmílson - Acho que não. O
Espanhol tem muito a ver com
o futebol brasileiro, o estilo de
jogo. O sucesso dos brasileiros
que vêm ocorre pela adaptação, pelo fato de se empenharem e procurarem jogar no esquema que o técnico quer e de
se entrosarem na cultura do
povo e do país. Não só eu, mas
todo brasileiro tem se dado
bem. Brasileiro em time europeu é segredo de sucesso. Todo
final de torneio tem brasileiro.
Isso serve para valorizar mais o
Brasil, que sempre será fábrica
de mandar jogadores para fora.
Folha - Quem será a estrela?
Edmílson - Tem grandes jogadores. É difícil falar quem será
o melhor, que será um dos brasileiros. Ronaldo e Ronaldinho
são fora do comum, mas tem
europeus de muita qualidade,
como o Zidane. O Eto'o fez
grande temporada. Torço para
que os brasileiros daqui [Barcelona] se dêem bem e para os
brasileiros de Madri também
irem bem, mas que a gente
possa ser campeão.
Folha - O Espanhol vale Copa?
Edmílson - Claro que ajuda. O
Espanhol passa no Brasil, e o
pessoal está sempre atento. Como tive uma lesão, espero voltar bem ao Barcelona. Estando
bem no clube, não tem por que
não ser chamado. Já atuei com
o Parreira [técnico da seleção],
ele já conhece meu potencial.
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