DO ENVIADO A INDIANÁPOLIS

O clima instável em Indianápolis explica, em parte, o resultado insólito da pré-classificação de ontem. Distante da batalha pelo título, o mais rápido do dia foi Jarno Trulli, da Renault.
Hoje, a chuva pode promover novas surpresas nos EUA.
Pela manhã, no treino livre, os pilotos começaram a treinar com pista seca. Na metade da sessão, começou a chover, lavando o asfalto e tirando toda a borracha deixada pelos pneus desde o treino extra de Jordan, Jaguar, Minardi e Renault.
Líder do Mundial, Michael Schumacher foi o primeiro a ir à pista para a pré-classificação.
Pegou o asfalto lavado e marcou 1min10s736. A partir de então, conforme os pneus emborrachavam a pista, a aderência aumentava e, consequentemente, os tempos de volta iam caindo. Despencando.
Assim, mesmo times médios, como Renault e Jaguar, conseguiram ótimos resultados.
Trulli, o oitavo no Mundial, cravou 1min09s566, 1s170 mais veloz do que o líder. Rubens Barrichello fez o segundo tempo, 1min09s835, seguido por Mark Webber, da Jaguar.
A partir da metade do pré-classificatório, voltou a chover em Indianápolis, impossibilitando outros pilotos "outsiders" de duelarem com os protagonistas do campeonato.
O saldo final da sexta-feira foi baixo. Com tanta instabilidade, os pilotos tiraram pouco proveito dos treinos. Hoje, começarão do zero. "Já foi assim para mim na pré-classificação. Fui para a pista com um acerto definido às pressas e não sabia como o carro se comportaria", disse Juan Pablo Montoya.
O bom desempenho da Renault, porém, pode ter outra explicação. Indianápolis já foi definido como "uma mistura de Hungaroring e Monza". A primeira, na Hungria, é a pista mais travada do calendário. A italiana, a mais veloz da F-1.
Na travada pista de Budapeste, a Renault conseguiu a vitória, com Fernando Alonso dando até uma volta sobre Schumacher. Em Monza, quem se deu bem foi a Ferrari.
O tempo de Trulli, ontem, pode ser um indicativo de que a Renault tirou mais proveito de seu trecho do circuito do que a escuderia italiana. (FSX)


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